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Aluguel residencial em alta: Capital do Nordeste supera Rio de Janeiro e Brasília.
Locação residencial teve aumento real de 3,7%, acima da inflação de 1,42%. Preço médio por metro quadrado historicamente alto, unidades apenas 1 dormitório abaixo da média.
Parece que o valor do aluguel de imóveis residenciais aumentou muito, não é mesmo? Os dados mais recentes do mercado imobiliário mostram que os custos de locação subiram consideravelmente nos últimos meses, afetando inquilinos em diversas regiões do país.
Se você está pensando em locar um imóvel, é importante ficar atento a essas variações nos preços de arrendamento. Manter-se informado sobre o cenário atual de locações pode ajudá-lo a planejar melhor suas despesas e encontrar opções mais adequadas ao seu orçamento. Não deixe de comparar as ofertas disponíveis e negociar as melhores condições de locação para garantir uma escolha satisfatória.
Aluguel Residencial em Alta: Aumento Real e Preço Médio por Metro Quadrado
Durante o período analisado, o aumento acumulado no aluguel residencial foi de 3,75% acima da inflação oficial, representada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou variação de 1,42%. Esse cenário caracteriza o que é conhecido como aumento real, quando um item tem elevação superior à taxa de preços. Destaca-se que o preço médio do metro quadrado atingiu R$ 44,15/m².
Ao observar as 11 capitais estudadas, apenas quatro apresentaram valores acima da média, sendo uma delas localizada na região Nordeste. Recife desponta com um valor médio de R$ 49,40/m², superando o Rio de Janeiro e Brasília, com R$ 46,79/m² e R$ 44,07/m², respectivamente. Estas duas últimas cidades enfrentam uma locação historicamente alta, o que impacta diretamente no mercado de aluguel.
Comparativo de Capitais e Variação de Preços
A análise dos preços do metro quadrado por capital revela São Paulo com R$ 53,13/m², seguido por Florianópolis (R$ 52,04/m²), Recife (R$ 49,40/m²), Rio de Janeiro (R$ 46,79/m²), Brasília (R$ 44,07/m²), Curitiba (R$ 38,30/m²), Belo Horizonte (R$ 37,78/m²), Goiânia (R$ 37,37/m²), Salvador (R$ 35,38/m²), Porto Alegre (R$ 32,52/m²), e Fortaleza (R$ 28,89/m²).
No primeiro trimestre de 2024, o encarecimento atingiu 23 das 25 localidades do índice, incluindo as 11 capitais monitoradas. Destacam-se os aumentos em Brasília (7,88%), Salvador (6,46%), Curitiba (5,51%), Florianópolis (4,49%), e Recife (4,42%). Posteriormente, as variações se deram no Rio de Janeiro (3,52%), Goiânia (3,15%), Belo Horizonte (3,09%), São Paulo (2,88%), Porto Alegre (2,70%), e Fortaleza (1,59%).
Impacto no Setor de Aluguéis e Valorização dos Imóveis
O incremento do aluguel residencial nos últimos 12 meses revelou uma alta de 15,19%, em contrapartida aos 3,93% do IPCA. Diversos fatores justificam esse aumento, como os juros elevados, que restringem o crédito imobiliário, estimulando a procura por aluguel. Em relação aos tipos de imóveis, os de apenas um dormitório se destacaram com valorização de 18,22%, enquanto unidades maiores tiveram reajuste abaixo da média, atingindo 11,45%.
Os imóveis de um dormitório alcançaram o preço médio de R$ 57,53/m², superior à média geral de R$ 44,15/m². Já as residências com três dormitórios são locadas por R$ 38,64/m², em média. Para investidores interessados no mercado de aluguéis, a rentabilidade foi calculada em 5,82% ao ano, abaixo de opções mais seguras no mercado financeiro, como o Tesouro Selic, que proporciona 10,75% de rendimento anual.
Fonte: @ Valor Invest Globo