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Patrícia Lélis é acusada de fraudar clientes em mais de US$ 700 mil e FBI procura a brasileira: entenda o caso.
Justiça americana acusa jornalista de fraude eletrônica, transações ilegais e roubo de identidade. Pena pode chegar a 20 anos de prisão.
A história da Patrícia Lélis tem ganhado destaque na mídia nos últimos dias. A jornalista de 29 anos está sendo procurada pelo FBI por se passar por advogada de imigração e aplicar um golpe de mais de US$ 700 mil, o equivalente a cerca de R$ 3,4 milhões. A brasileira é acusada pela Justiça dos Estados Unidos de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado.
Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin enfrenta sérias acusações e está sendo procurada pelas autoridades internacionais. A jornalista, que chegou a atuar como assessora de um político influente, agora se vê envolvida em um escândalo que chocou o mundo. A situação de Patrícia Lélis ganhou grande repercussão e continua sendo tema de debates em diversas mídias e redes sociais.
Patrícia Lélis e o caso de fraude eletrônica
Se condenada, a jornalista e advogada de imigração Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin pode pegar até 20 anos de prisão. De acordo com a acusação, ela dizia ser uma advogada capaz de ajudar clientes estrangeiros a obter vistos E-2 e EB-5 para os Estados Unidos. Pelos serviços, Patrícia Lelis recebia valores milionários. O esquema, ainda conforme a decisão, durou de setembro de 2021 a julho de 2023.
O que diz a acusação
- O programa EB-5 assegura o ‘green card’ para os EUA a quem investir em redes de negócios com potencial para geração de emprego em território norte-americano;
- Ainda segundo a Justiça dos EUA, em 22 de setembro de 2021, Lélis recebeu de uma vítima dois pagamentos iniciais de mais de US$ 135 mil para obtenção de vistos EB-5;
- A brasileira afirmava que o dinheiro seria revertido em projeto de desenvolvimento imobiliário que se qualificava para o programa, no estado do Texas. No entanto, o dinheiro da vítima teria ido para a conta bancária pessoal de Lélis Bolin;
- A acusação também diz que a brasileira convenceu amigos a se passarem por funcionários do fundo de investimento do Texas. Quando uma vítima se recusou a enviar mais dinheiro, Lélis teria ameaçado os pais da vítima com a remoção dos Estados Unidos.
‘Lélis Bolin supostamente o usou [dinheiro] para pagar a entrada de sua casa em Arlington, reformas de banheiros e pagar outras despesas pessoais, como dívidas de cartão de crédito’, diz a acusação.
Em suas redes sociais, Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin afirmou que está sendo vítima de ‘perseguições e falsas acusações’, e que está exilada em outro país. ‘Meu suposto crime: não aceitei que me fizessem de bode espiatório contra aqueles que considero como meus irmãos por cultural e principalmente por lado político’, escreveu.
A brasileira também é acusada de ter falsificado formulários de imigração dos EUA, forjado múltiplas assinaturas, criado recibos falsos e falsas personas associadas ao fundo de investimento do Texas.
‘Sim, ‘roubei’ todas as provas que puder para mostrar o meu lado da historia e garantir minha segurança. E esses documentos já foram entregues ao governo que me garantiu asilo político’, disse Lélis em seu perfil no X – antigo Twitter.
O envolvimento de Patrícia Lélis em um caso de golpe
Em 2017, Patrícia Lélis, à época com 23 anos, se tornou ré no processo no qual foi acusada de mentir e extorquir dinheiro de Talma de Oliveira Bauer, então assessor do deputado federal Pastor Marco Feliciano (PL-SP), a quem ela acusou de tentar estuprá-la.
Naquele ano, a Justiça de São Paulo aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público (MP), que acusou Patrícia de denunciação caluniosa e extorsão contra Bauer. Por conta dessa acusação, Bauer chegou a ser preso, mas depois foi solto.
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Fonte: G1 – Mundo