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Futebol

Por que a invasão estrangeira no Campeonato Brasileiro é uma boa ideia: ninguém é obrigado a escalar nove gringos, nem a frear a base.

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em

estrangeiros, gringos, mão de obra estrangeira
Piquerez (dir), do Palmeiras, disputa jogada com Rodrigo Garro, do Corinthians Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Confira o post de Rodrigo Bueno sobre o aumento de estrangeiros no Campeonato Brasileiro. Alguns termos relacionados: limite de estrangeiros, gringos, Premier League, Copa América.

Após a reunião dos clubes da Série A na CBF, foi decidido o aumento do limite de estrangeiros em campo no Campeonato Brasileiro. Agora, cada time poderá utilizar até nove

gringos

, uma mudança que tem gerado controvérsias e preocupações. A possibilidade de menor espaço para jogadores nacionais tem sido motivo de debate, com a Fenapaf se posicionando contra essa alteração que restringiria o uso dos garotos oriundos das categorias de base nas equipes principais, prejudicando o futebol brasileiro diante da possibilidade de invasão estrangeira.

A discussão sobre a presença maior de mão de obra estrangeira nos times brasileiros continua acalorada, com opiniões divergentes sobre os impactos dessa mudança. A preocupação com a formação e oportunidades para os atletas nacionais é um tema recorrente nesse debate, destacando as consequências potenciais da invasão estrangeira no futebol do país.

Defendendo a liberação de atletas estrangeiros

Eu sempre fui um grande defensor da ideia de aumentar o limite de estrangeiros por clube, algo que até pouco tempo atrás estava limitado a apenas três atletas. Antes de mais nada, é importante ressaltar que ninguém é obrigado a escalar nove estrangeiros em um só jogo. Além disso, ninguém precisa parar de usar atletas da base, já que não há nenhuma regra que impeça a montagem de um time totalmente formado por pratas da casa. Isso representa a liberdade do mercado, algo que deve ser valorizado.

Um novo olhar sobre os atletas estrangeiros

Defendo que um clube tenha o direito de fazer o que quiser com seu elenco, com seu projeto e com sua SAF. Se o plano é revelar jovens atletas e fazer dinheiro no mercado, é perfeitamente válido criar um time com jogadores da base. Por outro lado, se a ideia é contratar mão de obra estrangeira porque é mais barata ou oferece melhor retorno técnico, que se invista mesmo em atletas de fora.

Qual é o limite de estrangeiros na NBA? Ter vários jogadores de outros países impediu a produção de grandes jogadores estadunidenses e o aproveitamento deles na principal liga de basquete do mundo? Qual é o limite de estrangeiros no futebol europeu? Esse grande intercâmbio de jogadores e treinadores

gringos

no Velho Continente causou um problema para as seleções de Alemanha, Espanha, França e Inglaterra? Pelo contrário, todas essas seleções foram campeãs mundiais neste século, três delas com seu time principal e uma delas no sub-20 e no sub-17.

Impacto dos estrangeiros no futebol nacional e internacional

A Inglaterra, berço do futebol, possui a liga nacional mais prestigiada e mundializada. Antes da Premier League e da Lei Bosman, os ingleses relutavam em abrir suas portas para o mundo, mas hoje isso é um orgulho nacional e vemos uma série de talentos locais em várias categorias.

Os ingleses já voltaram a uma semifinal de Copa e já fizeram uma final de Eurocopa recentemente. Muitos estrangeiros ajudaram inclusive na mudança de alguns conceitos ultrapassados em várias equipes do Reino Unido. Ainda há um ou outro time (principalmente os mais humildes que estão cheios de atletas ingleses de segunda linha) que praticam um futebol baseado em chutões, chuveirinhos, correria e imposição física, um estilo mais old school, o velho

kick and rush

que veio da década de 50. Alemanha e França ainda triunfaram bastante neste século com suas seleções nacionais importando alguns atletas de outras nações.

Citei os exemplos acima para mostrar que não vejo motivo para preocupação com a invasão de

gringos

aqui. Nos últimos meses, vimos alguns times tendo que deixar de usar bons jogadores em algumas partidas para atender ao limite de estrangeiros em campo. Estávamos desfalcando nossos times por conta dessa regra.

Alguém pode dizer que na Europa a situação é diferente porque muitos jogadores que vêm de fora não são de fato estrangeiros devido ao Mercado Comum Europeu (grande parte do continente faz parte da União Europeia). Se fizermos esse paralelo, também não deveríamos contar como estrangeiros os atletas que chegam de outros países do Mercosul, o bloco da região. Metade das nações que fazem parte da Conmebol estão unidas politicamente e comercialmente, e imagina se argentinos, bolivianos, paraguaios e uruguaios não contassem como estrangeiros no futebol brasileiro. A tal invasão certamente seria ainda maior.

Fonte: ESPN – Futebol

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