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Dinheiro

Gringos voltam à B3 em 2023 com aportes multibilionários: o que esperar da bolsa em 2024?

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Bolsa de Valores, B3SA3
No ano, os gringos colocaram R$ 55,4 bilhões na B3 (Imagem: Pixabay) - Todos os direitos: © Money Times

Em 2023, o fluxo de capital estrangeiro surpreendeu e assustou o mercado. Investidores de países emergentes, trajetória da política fiscal e recuperação econômica foram impactantes.

Em 2023, a B3 teve um desempenho surpreendente, com o fluxo de capital estrangeiro apresentando resultados inesperados. No entanto, o mercado também sofreu alguns sustos ao longo do ano. Com a aproximação do final do ano, é importante analisar o panorama atual e identificar as tendências que podem influenciar o desempenho da B3 em 2024.

A B3SA3 é uma das principais bolsas de valores do Brasil e tem sido impactada diretamente pelo fluxo de capital estrangeiro. Além disso, os investidores têm observado atentamente as movimentações da B3 para tomar decisões estratégicas. Portanto, é essencial acompanhar de perto as notícias e análises sobre a B3 para se manter atualizado e tomar decisões informadas.

Os Investimentos Estrangeiros na B3

O volume total do capital aplicado pelos investidores internacionais na B3, também conhecida como Bolsa de Valores, atingiu um montante expressivo de R$ 55,4 bilhões até o final de dezembro, representando um resultado muito próximo do patamar histórico de 2022, que alcançou um saldo de R$ 119,8 bilhões.

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O índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou o ano de 2023 ao redor dos 134 mil pontos, impulsionado pelos consideráveis aportes estrangeiros realizados no mês de novembro, totalizando R$ 21,2 bilhões.

Reflexo do Capital Estrangeiro na B3 ao Longo do Tempo

Mesmo diante de um cenário eleitoral no Brasil, o saldo de 2022 registrou uma das principais movimentações de capital estrangeiro desde que a série histórica começou em 2008. Geralmente, eventos dessa natureza tendem a afastar os investidores de países emergentes da bolsa brasileira, mas esse foi um ano bastante atípico nesse sentido.

Segundo a economista especializada em mercado de capitais, Ariane Benedito, a intensa entrada de recursos nesse período foi influenciada pelo cenário global.

‘O Brasil passou a chamar a atenção dos investidores internacionais, o que se refletiu de maneira muito positiva, considerando que conquistamos destaque nos mercados em comparação aos nossos pares (os emergentes). Isso foi um fator decisivo para alcançarmos resultados praticamente históricos em 2022′, explicou.

No entanto, a empolgação dos investidores estrangeiros foi passageira, e a situação começou a se reverter no início do ano seguinte. Em janeiro, os investimentos atingiram a marca de R$ 12,5 bilhões, mas logo os indícios de enfraquecimento começaram a impactar o resultado.

De acordo com Benedito, essa mudança se deu em função de três fatores fundamentais, que seriam essenciais para manter o interesse dos investidores estrangeiros na bolsa durante todo o ano. Para isso seria preciso:

  1. uma melhoria na trajetória da política fiscal do país, que foi solucionada tardiamente;
  2. uma retomada do processo de recuperação econômica, que foi temporariamente interrompido; e
  3. um cenário positivo para as commodities, que foram impactadas por fatores relacionados à China.

Agora, ao final do ano, com a melhora do cenário fiscal e a aprovação de importantes pautas econômicas, como a reforma tributária, os investidores estrangeiros voltaram a demonstrar confiança no país e uma maior disposição ao risco, refletindo-se em volumosos aportes.

‘O Brasil está em uma posição muito mais vantajosa em termos macroeconômicos do que o resto do mundo. O que atrasou esses fluxos de capital para o Brasil foram, de fato, as incertezas fiscais e o aumento do risco-país, causados pelas incertezas em relação à dívida pública. Se tivéssemos conseguido solucionar essas questões antes de novembro, talvez teríamos observado uma melhora nos aportes’, analisou a economista.

Vale ressaltar que ao longo de 2023, os Estados Unidos também enfrentaram dificuldades que levaram os investidores a priorizarem os títulos americanos em detrimento do mercado de capitais brasileiro. Os treasuries de 10 anos chegaram a alcançar um patamar histórico acima de 5%, algo que não se via desde a crise de 2008.

‘Se compararmos apenas com o ano anterior, quando tínhamos riscos oriundos principalmente das eleições, que não impediram a entrada de fluxo positivo, talvez agora, sem esses elementos geradores de estresse, possamos obter melhores resultados’, afirmou.

Entretanto, a economista enfatiza que há incertezas em relação à continuidade dos aportes nos primeiros meses de 2024, já que o cenário internacional permanece volátil.

Veja o Cenário Mensal

Mês Saldo líquido de capital externo (R$ bilhões)
Janeiro 12,60
Fevereiro -1,70
Março -0,40
Abril 3,20
Maio -4,20
Junho 13,50
Julho 8,90
Agosto -10,40
Setembro -1,50
Outubro -2,90
Novembro 21,2
Dezembro 17,1

Fonte: © Money Times

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