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Problema com a porta de avião: EUA dizem que falta de parafusos foi a causa do desprendimento no ar
NTSB investiga desprendimento de porta de emergência em aeronave. 4 parafusos ainda não encontrados. Segurança nos Transportes dos EUA responsável pela revisão.
As autoridades estão investigando o incidente envolvendo a porta de um avião, que se desprendeu durante o voo da Alaska Airlines. De acordo com os investigadores, a porta pode não ter sido corretamente fixada na aeronave, o que causou o desprendimento em pleno voo. O Boeing 737 Max 9 teve que retornar ao aeroporto pouco após a decolagem, por conta do desprendimento da porta.
O desprendimento da porta de emergência causou um susto, mas felizmente não resultou em ferimentos. A porta em questão era uma saída de emergência extra que raramente era utilizada, e não havia passageiros próximos a ela no momento do incidente. A Alaska Airlines está cooperando com as autoridades para esclarecer as circunstâncias do desprendimento da porta.
Preocupações sobre a porta de avião
Na noite de segunda-feira (8), Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB), responsável pela investigação do caso, afirmou que os quatro parafusos que precisavam ser instalados na porta da aeronave para evitar movimentação não foram localizados.
Por essa razão, o conselho levantou questionamentos sobre se os parafusos foram de fato instalados, de acordo com o engenheiro do NTSB Clint Crookshanks. ‘Ainda não recuperamos os quatro parafusos que impedem o movimento vertical, e ainda sabemos se eles estavam lá’, explicou.
A porta de emergência foi encontrada na segunda-feira (8) no quintal de um professor do Ensino Fundamental de Portland. A presidente da junta, Jennifer Homendy, relatou que o professor notou o objeto em seu jardim e informou as autoridades. Felizmente, ninguém se feriu, de acordo com Homendy.
Questões de segurança aérea
Após o incidente, a agência de aviação civil dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) determinou que mais de 171 aeronaves do modelo, o Boeing 737 Max 9, tivessem os voos cancelados globalmente para uma revisão.
Na segunda-feira (8), a FAA decidiu proibir a operação das aeronaves até que as companhias aéreas que utilizam o modelo concluam as inspeções nas portas de emergência.
As autoridades também confirmaram que não foi possível recuperar a gravação de voz da cabine do Boeing 737 Max 9, pois os dados foram sobrescritos. Isso significa que os dados não foram recuperados em um intervalo de até duas horas, que é o período em que a gravação reinicia e os dados anteriores são apagados, conforme a legislação norte-americana.
Fonte: G1 – Mundo