Esportes
Santos se posiciona em disputa jurídica no Caso Carille: sem acordo com clube japonês.
Clube registra técnico no BID, não paga multa de R$ 7 milhões e se sente respaldado por brecha contratual.
A situação envolvendo o técnico Fábio Carille e o V-Varen Nagasaki, do Japão, continua causando tensão no Santos, que se prepara para possíveis desdobramentos legais. O clube brasileiro finalmente regularizou a situação contratual do treinador, mas a disputa jurídica com o time japonês ainda paira no ar.
Para deixar o técnico apto a comandar a equipe em jogos oficiais, o Peixe fez valer uma brecha contratual entre Carille e o clube japonês: por questões tributárias, os contratos no país asiático costumam ser renovados de 11 em 11 meses. O acordo entre as partes parece distante, e o Santos se prepara para uma batalha jurídica caso necessário.
Caso Carille: Disputa Jurídica sobre a Renovação do Contrato
Nesse sentido, ‘um dos’ vínculos do comandante se encerrou em 1º de janeiro e seria renovado no mês seguinte. O clube japonês considera ‘absolutamente inaceitável’ essa postura e promete brigar.
É justamente aí que as partes divergem: o V-Varen entende que a renovação não só é automática, mas também não depende do aval de Carille. Já o Santos acredita que o técnico estava ‘livre’ no mercado e se negou a pagar a multa rescisória, de cerca R$ 7 milhões aos japoneses.
Em outubro do ano passado, Carille falou sobre a renovação até o fim de 2024, em declarações reproduzidas pelo próprio ge à época:
– Vocês não acreditam. A fase ali de maus resultados, o meu contrato era até o final de 2023. Me deram já até o final de 2024 – disse o treinador brasileiro, em vídeo que pode ser visto aqui.
Em nota oficial e também nos bastidores, o Santos admite que espera por uma disputa nesse sentido. Em seu texto, o clube escreveu que encerrou as conversas com o V-Varen e ‘(…) eventuais demandas serão avaliadas e debatidas no momento oportuno e nos foros competentes.’
Como já se manifestou publicamente duas vezes dizendo estar perplexo em relação à situação de seu agora ex-treinador, o V-Varen deve procurar a Câmara de Resolução de Disputas da Fifa em busca de ser indenizado pela saída de Carille.
Enquanto isso, o Santos não só trabalha há semanas com a ajuda do treinador para esboçar o planejamento para 2024, como também já o tem apto para a estreia na temporada, no próximo dia 20, contra o Botafogo-SP, fora de casa, pelo Campeonato Paulista.
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Outros casos
No Brasil, outros clubes e atletas tiveram problemas depois de litígio com clubes japoneses. Hoje no Palmeiras, o atacante Rony recebeu da Câmara de Resoluções da Fifa uma suspensão de quatro meses e uma multa pelo contrato automático com o Albirex Niigata, do Japão.
Em 2018, o Niigata entrou com ação na Fifa contra o jogador e o Athletico, clube que o contratou, então, naquela época. Ambos foram condenados: jogador e Furacão, que chegou a sofrer com a proibição de inscrição de novos jogadores. A pena seria válida por duas temporadas, mas, em 2021, o clube paranaense conseguiu reverter a pesada sanção e pagou uma multa de R$ 7 milhões.
O outro caso recente é do atacante Jô. O Corinthians e ele foram condenados na Corte Arbitral do Esporte (CAS) a pagar uma indenização de 2,6 milhões de dólares (cerca de R$ 13,3 milhões na cotação atual) ao Nagoya Grampus, do Japão.
O caso do centroavante, hoje no Amazonas, aconteceu também em 2020, quando ele foi acusado pelo clube japonês de ‘abandonar o emprego’ e voltar ao Brasil para fechar com o clube de Itaquera. Na ocasião, o contrato de Jô tinha validade até o ano seguinte.
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Fonte: G1 – Esportes