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Meio Ambiente

2023 foi o ano mais quente em 100 mil anos devido ao efeito estufa e El Niño, aponta observatório europeu

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calor recorde
O calor é resultado do aumento dos gases do efeito estufa e do El Niño. Mapa registra as anomalias de temperatura na superfície do planeta em 2023 — Foto: Copernicus Entenda a crise do clima em gráficos e mapas - Todos os direitos: G1

Relatório da COP 28 aponta calor extremo devido ao El Niño e aumento das concentrações de gases do efeito estufa.

O ano de 2023 registrou um dos verões mais quentes já vistos, de acordo com os últimos dados divulgados pela agência climática europeia. Esta tendência crescente de temperaturas mais altas tem preocupado os especialistas e levantado alertas sobre os impactos das mudanças climáticas.

O calor recorde registrado em 2023 é resultado de uma combinação de fatores, incluindo as emissões de gases com efeito de estufa e o fenômeno climático El Niño. O aumento das temperaturas tem causado impactos significativos no planeta, como ondas de calor extremo e fenômenos climáticos cada vez mais intensos.

A Terra está vivenciando o ‘calor mais quente’ já registrado

Pela primeira vez, todos os dias dentro de um ano ficaram 1,2°C acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900 – sendo que, em metade de 2023, os termômetros chegaram a ultrapassar 1,8°C e, em dois dias de novembro, ficaram 2,4°C mais quentes. Foram as temperaturas mais elevadas dos últimos 100 mil anos.

🌡️ A justificativa para a comparação com os 100 mil anos está na paleoclimatologia. São utilizados métodos que permitem estimar a temperatura de uma época por meio da simulação do comportamento da atmosfera para climas antigos.

Calor extremo e El Niño

🔥 Embora o fenômeno El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico, tenha influenciado, o ‘calor mais quente’ é resultado das constantes emissões de gases de efeito estufa.

Segundo o relatório do Copernicus, as concentrações de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, têm aumentado nos últimos anos e alcançaram níveis alarmantes em 2023.

Calor recorde

O documento do Copernicus revela um aquecimento intenso, com inúmeros recordes diários e mensais quebrados.

🚨 A temperatura da Terra em 2023 ficou 1,62ºC acima do nível pré-industrial, antes do período de 1850 a 1900.

👉 Isso é muito próximo do 1,5ºC estabelecido por cientistas como ‘limite seguro’ para evitar as consequências mais graves das mudanças climáticas.

Esse limite de aumento da taxa média de temperatura global foi estipulado no Acordo de Paris para até o final deste século e a previsão é que não fosse atingido antes de 2030.

A taxa tem como referência os níveis pré-industriais, antes de as emissões de poluentes passarem a afetar significativamente o clima global.

Confira os principais pontos do relatório do Copernicus:

  • 2023 foi confirmado como o ano mais quente já registrado desde 1850.
  • A temperatura média da Terra foi de 15,18ºC no ano passado, 0,20ºC acima do valor mais alto registrado em 2016 – até então considerado o ano mais quente.
  • É provável que o período de 12 meses que termina neste mês ou mês que vem exceda em 1,5°C o nível pré-industrial.
  • As temperaturas médias anuais quebraram recordes – ou quase isso – em grande parte de todos os continentes, exceto na Austrália.
  • Todos os meses de junho a dezembro foram os mais quentes da história.

Efeito estufa, El Niño e COP 28

Segundo o relatório do Copernicus, as concentrações de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e metano, têm aumentado nos últimos anos e alcançaram níveis alarmantes em 2023.

Em dezembro, o acordo final da COP 28, a 28ª conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), foi considerado um avanço ao prever a redução gradual do uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) para diminuir a emissão de gases de efeito estufa.

No entanto, o texto não especifica como será feita essa transição energética nem quais recursos financeiros serão utilizados. O acordo não fala em eliminar totalmente os combustíveis fósseis nem tampouco estabelece meta ou ano para que isso aconteça.

O documento reconhece a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas da emissão de carbono caso a humanidade queira limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC.

No vídeo a seguir, o g1 explica a crise do clima em gráficos e mapas:

Fonte: G1 – Meio Ambiente

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