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Gêmeas roubadas se reencontram graças ao viral no TikTok

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Amy Khvitia e Ano Sartania só foram se conhecer aos 19 anos — Foto: BBC - Todos os direitos: G1

Milhares na Geórgia foram vítimas de roubo e venda, revelando um mercado clandestino de adoção.

Duas irmãs gêmeas, Alana e Amanda, foram separadas no nascimento e criadas por famílias diferentes. Após anos sem saber uma da outra, elas finalmente se reencontraram através de um vídeo postado no TikTok.

O vídeo online, que se tornou viral em questão de horas, chamou a atenção de pessoas do mundo inteiro e acabou reunindo as irmãs que há tanto tempo estavam separadas. Agora, juntas, elas investigam o paradeiro de sua mãe biológica e buscam entender os acontecimentos que as separaram.

Alana, emocionada, desabafa: ‘Estamos determinadas a descobrir a verdade. Nada vai nos impedir de encontrar as respostas que tanto buscamos’.

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Sua irmã gêmea Ano e o universo do TikTok

Sua irmã gêmea, Ano, está sentada em uma poltrona assistindo a vídeos do TikTok em seu telefone. ‘Esta é a mulher que poderia ter nos vendido’, diz ela.

Ano admite que também está nervosa, mas apenas porque não sabe como reagirá e se conseguirá controlar sua raiva.

A jornada das irmãs gêmeas: de um programa de talentos na TV ao TikTok

É o fim de uma longa jornada. Elas viajaram da Geórgia para a Alemanha, na esperança de encontrar a peça que faltava no quebra-cabeça. Elas finalmente vão conhecer sua mãe biológica.

Desvendando a verdade e as redes sociais

Nos últimos dois anos, elas vêm reconstruindo o que aconteceu. À medida que desvendavam a verdade, elas perceberam que havia dezenas de milhares de outras pessoas na Geórgia que também tinham sido retiradas de hospitais quando eram bebês e vendidas ao longo das décadas.

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Apesar de tentativas oficiais de se investigar o que aconteceu, ninguém foi responsabilizado até hoje.

A história de como Amy e Ano se descobriram começa quando elas tinham 12 anos.

A dúvida de Ano e a conexão inesperada no TikTok

Amy Khvitia estava na casa de sua madrinha, perto do Mar Negro, assistindo ao Georgia’s Got Talent, seu programa de TV favorito. Havia uma garota dançando que se parecia exatamente com ela.

Na verdade, era idêntica.

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‘Todo mundo telefonava para minha mãe e perguntava: ‘Por que Amy está dançando com outro nome?”, diz ela.

Conexões no TikTok e o encontro marcante

Sete anos depois, em novembro de 2021, Amy postou no TikTok um vídeo dela mesma com cabelo azul fazendo um piercing na sobrancelha.

A 320 km de distância, em Tbilisi, outra jovem de 19 anos, Ano Sartania, recebeu o vídeo de um amigo.

O poder das redes sociais na busca pela verdade

Ano tentou rastrear na internet a garota com piercing na sobrancelha, mas não conseguiu encontrá-la. Ela compartilhou o vídeo em um grupo de WhatsApp da universidade para ver se alguém poderia ajudar. Alguém que conhecia Amy viu a mensagem e as colocou em contato pelo Facebook.

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Amy soube imediatamente que Ano era a garota que ela tinha visto anos atrás no Georgia’s Got Talent.

Compartilhando semelhanças e dúvidas

Nasceram na maternidade de Kirtskhi no oeste da Geórgia, mas, de acordo com as suas certidões de nascimento, os seus aniversários ocorreram com algumas semanas de intervalo.

Elas não poderiam ser irmãs, muito menos gêmeas. Mas havia muitas semelhanças. Gostavam da mesma música, adoravam dançar e até tinham o mesmo penteado. Elas descobriram que tinham a mesma doença genética, um distúrbio ósseo chamado displasia.

Descobertas surpreendentes: uma nova conexão além das semelhanças no TikTok

Parecia que estavam desvendando um mistério juntas. ‘Cada vez que eu aprendia algo novo sobre Ano, as coisas ficavam mais estranhas’, diz Amy.

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Elas marcaram um encontro e, uma semana depois, quando Amy se aproximava do topo da escada rolante da estação de metrô Rustaveli, em Tbilisi, ela e Ano se viram pessoalmente pela primeira vez.

A reviravolta inesperada da história, partilhada nas redes sociais

‘Foi como olhar no espelho, exatamente o mesmo rosto, exatamente a mesma voz. Eu sou ela e ela sou eu’, diz Amy. Ela soube então que eram gêmeas.

‘Não gosto de abraços, mas abracei ela’, diz Ano.

Elas decidiram confrontar as suas famílias e pela primeira vez descobriram a verdade. Elas haviam sido adotadas, separadamente, com algumas semanas de intervalo em 2002.

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Apelo nas redes sociais e contato com a mãe biológica

Amy queria procurar a mãe biológica para descobrir a verdade, mas Ano hesitava. ‘Por que você quer conhecer a pessoa que pode ter nos traído?’, ela perguntava.

Amy encontrou um grupo no Facebook dedicado a reunir famílias georgianas com crianças suspeitas de terem sido adotadas ilegalmente e compartilhou a sua história.

Uma jovem na Alemanha respondeu, dizendo que a sua mãe tinha dado à luz gêmeas no Hospital Maternidade Kirtskhi em 2002 e que, apesar de lhe terem dito que os bebês tinham morrido, ela duvidava dessa versão.

A reviravolta da história e uma única dúvida

Testes de DNA revelaram que a menina do grupo do Facebook era irmã delas e morava com a mãe biológica, Aza, na Alemanha.

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Amy estava desesperada para conhecer Aza, mas Ano estava mais cética.

Ataque de dúvidas e uma resolução na realidade

‘Essa é a pessoa que poderia ter te vendido, ela não vai te contar a verdade’, alertou. Mesmo assim ela concordou em ir para a Alemanha com Amy para apoiá-la.

O grupo do Facebook que as gêmeas usaram, Vedzeb, significa ‘Estou procurando’ em georgiano.

Expondo um escândalo escondido: o mercado clandestino de adoção

Há inúmeras postagens de mães que dizem que a equipe do hospital lhes disse que seus bebês haviam morrido, mas depois descobriram que as mortes não foram registradas e que seus filhos ainda poderiam estar vivos.

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Outras postagens são de crianças como Amy e Ano, em busca de seus pais biológicos.

O grupo tem mais de 230 mil membros e, junto com sites de DNA, ele expôs um capítulo obscuro na história da Geórgia.

A ativista que expôs a verdade e vem em busca de justiça

O Vedzeb foi criado pela jornalista Tamuna Museridze em 2021, depois que ela descobriu que era adotada. Ela encontrou sua certidão de nascimento com detalhes incorretos quando estava limpando a casa de sua falecida mãe.

Ela iniciou o grupo para procurar a sua própria família, mas o grupo acabou por expor um escândalo de tráfico de bebês que afeta dezenas de milhares de pessoas e que se estende por décadas.

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Uma investigação governamental e a busca por justiça

A mãe de Ano contou a mesma história.

O governo fez pelo menos quatro tentativas para descobrir o que aconteceu.

Isso inclui uma investigação em 2003 sobre o tráfico internacional de crianças que levou a uma série de prisões, mas pouca informação foi tornada pública.

Uma luta por justiça e a busca pelas origens

A BBC contatou o Ministério do Interior da Geórgia para obter mais informações sobre casos individuais, mas fomos informados de que detalhes específicos não seriam divulgados devido à proteção de dados.

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Tamuna uniu agora forças com a advogada de direitos humanos Lia Mukhashavria para levar os casos de um grupo de vítimas aos tribunais georgianos. Eles querem ter acesso aos seus documentos de nascimento — algo que atualmente não é possível pela legislação georgiana.

Fonte: G1 – Tecnologia

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