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Meio Ambiente

Metas do Acordo de Paris já não são capazes de evitar aquecimento crítico de 1,5°C, alerta ONU.

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Ativistas climáticos participam de uma manifestação do lado de fora do local da Cúpula do Clima COP26 da ONU em Glasgow, em 12 de novembro de 2021 — Foto: AP/Scott Heppell, Arquivo Agência da ONU alerta para maior concentração registrada na atmosfera de dióxido de carbono Emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram 1,2% de 2021 a 2022, atingindo um novo recorde de 57,4 Gigatoneladas de Dióxido de Carbono Equivalente (GtCO2e). — Foto: Ria Puskas / Unsplash / Divulgação Entenda a crise do clima em gráficos e mapas

O mais recente relatório da agência da ONU para o Meio Ambiente revela que, mesmo no cenário mais otimista, a chance de limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais é de apenas 14%.

Acredita-se que o mundo esteja caminhando para um aumento de temperatura entre 2,5°C e 2,9°C acima dos níveis pré-industriais, o que pode ter repercussões significativas no clima e na vida na Terra.

Mesmo no cenário mais otimista, a probabilidade de limitar o aquecimento a 1,5°C – meta estabelecida pelo Acordo de Paris – é de apenas 14%, o que requer ações significativas por parte de todos os países.

Para alcançar a meta de 1,5°C, as emissões previstas para 2030 devem cair 42%, demonstrando a necessidade de reduzir a pegada de carbono global.

O relatório também destaca a importância de que países desenvolvidos tomem medidas mais ambiciosas, rápidas e forneçam apoio financeiro e técnico às nações em desenvolvimento, a fim de enfrentar as consequências do aumento da temperatura.

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um alerta, informando que os esforços internacionais para conter as mudanças climáticas não estão sendo suficientes para limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius. Segundo a ONU, a menos que medidas mais eficazes sejam adotadas, a temperatura pode aumentar para níveis preocupantes, chegando a 2,5°C a 2,9°C acima dos registros pré-industriais, ultrapassando as metas estabelecidas no Acordo de Paris.

Objetivo do acordo climático global e desafios atuais

Quase todos os países do mundo fazem parte do acordo climático global, com exceção de alguns, como Irã, Líbia, Iêmen e Eritreia. O principal propósito deste acordo é garantir que o aquecimento global não ultrapasse 2°C até o final do século, e que haja esforços para limitar esse aumento a 1.5°C.

Entretanto, a realidade atual é mais preocupante, como demonstrado pelo recente relatório anual sobre a “lacuna de emissões” do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que analisa a diferença entre as emissões previstas e aquelas necessárias para limitar o aumento da temperatura neste século.

Um relatório recente aponta que as mortes relacionadas ao calor extremo podem aumentar em quase cinco vezes até o ano de 2050, devido às mudanças climáticas e ao aumento das temperaturas globais. A diretora executiva do PNUMA, Inger Andersen, ressaltou a importância de frear as emissões de gases de efeito estufa e as condições meteorológicas extremas para evitar recordes indesejados.

No cenário mais positivo, o relatório aponta que existe uma chance de apenas 14% de conseguirmos limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. O relatório foi divulgado pouco antes da 28ª edição da COP, a conferência do clima da ONU, que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Além disso, o relatório enfatiza a necessidade de mudanças significativas em nível global, com reduções estimadas entre 28% e 42% nas emissões de gases do efeito estufa até 2030, para que as metas do Acordo de Paris (2°C e 1,5°C, respectivamente) sejam alcançadas. Essa é uma tarefa desafiadora, mas fundamental para limitar os impactos do aquecimento global no planeta.

Em contraste com isso, o planeta está enfrentando um número crescente de eventos extremos, que revelam a gravidade da crise climática. Segundo a ONU, até o início de outubro deste ano, houve 86 dias com temperaturas mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.

No mês de outubro, os cientistas do observatório europeu Copernicus previram que 2023 será o ano mais quente em 125 mil anos, conforme indicam as projeções.

Impactos do aquecimento global em evidência

Recentemente, têm sido registrados recordes de temperatura em todo o mundo, o que tem levantado questionamentos sobre a possibilidade de o calor extremo se tornar mais comum no Brasil. Além disso, a frequência das ondas de calor tem aumentado, o que tem levado especialistas a investigar as causas desse fenômeno. Desde julho, o g1 tem noticiado os sinais do aquecimento global causado pela atividade humana, que estão se tornando cada vez mais perceptíveis em diferentes partes do planeta.

Neste ano, ocorreram grandes incêndios na Grécia, Estados Unidos e Canadá, juntamente com inundações no Canadá. Também houve ondas de calor consecutivas em várias regiões, incluindo o Brasil, sul da Europa, norte da África, sul dos Estados Unidos e parte da China, causando danos significativos.

Além disso, as temperaturas na superfície do mar têm sido anormalmente altas desde abril, causando impactos significativos nos oceanos.

O aumento do calor que estamos experimentando é causado principalmente pelo aumento contínuo das emissões de gases de efeito estufa, juntamente com o fenômeno climático El Niño, que resulta no aquecimento das águas superficiais no leste do Oceano Pacífico.

Nesse sentido, o mais recente relatório da ONU adverte que as emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) aumentaram em 1,2% de 2021 a 2022, alcançando um novo recorde de 57,4 Gigatoneladas de Dióxido de Carbono Equivalente (GtCO2e). Esses números alarmantes indicam a urgência de ações para reduzir as emissões e enfrentar o desafio do aquecimento global.

De acordo com a ONU, as tendências das emissões estão ligadas aos padrões globais de desigualdade, o que representa uma ameaça significativa ao clima. O mundo está caminhando para um aumento da temperatura muito acima dos objetivos climáticos estabelecidos para este século, devido aos esforços de mitigação considerados insuficientes.

O PNUMA destaca a necessidade de os países mais desenvolvidos e com maior responsabilidade pelas emissões, especialmente os países de renda elevada e com altas emissões entre o G20, tomarem medidas mais ambiciosas e rápidas. Além disso, esses países também devem fornecer apoio financeiro e técnico às nações em desenvolvimento, a fim de reverter o cenário preocupante das emissões.

Compromisso internacional para ajudar países em desenvolvimento enfrentar mudanças climáticas

De acordo com o Acordo de Paris, os países desenvolvidos se comprometeram a fornecer US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para auxiliar os países em desenvolvimento a se prepararem para os impactos das mudanças climáticas. No entanto, essa meta não está sendo alcançada, o que está causando preocupações. Durante a última Conferência das Partes (COP), houve um apelo para que as nações ricas compensem financeiramente os países pobres afetados por eventos extremos. Esse apelo resultou na criação do fundo de perdas e danos, que visa ajudar os países que não conseguem prevenir ou se adaptar aos estragos causados por eventos climáticos de grande magnitude.

Até agora não há uma definição clara sobre a origem dos recursos para o fundo climático e quais países serão beneficiados. Essas questões devem ser discutidas antes ou durante a próxima Conferência das Partes (COP) ou até mesmo após o evento.

Fonte: G1

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