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Ministro Haddad Desafia o Congresso a Abraçar a Responsabilidade Fiscal: Pacheco na Mira
Ministro Fazenda: “Folha de São Paulo” entrevista. Referiu desacordo sobre desoneração folha de pagamento, responsabilidade fiscal, advertência, desenvolvimento econômico do Brasil, empresariado, produção, mão-de-oba, oneração.
Depois que o ministro Fernando Haddad pediu responsabilidade fiscal ao Congresso, no último sábado (27), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respondeu mais tarde considerando a observação do chefe da Fazenda como ‘desnecessária’ e ‘injusta’. A declaração de Haddad está ligada à disputa entre governo e Parlamento em relação à desoneração da folha de pagamento.
No entanto, é fundamental manter o equilíbrio na responsabilidade fiscal para garantir a estabilidade econômica do país. A transparência e a seriedade na gestão responsável dos recursos públicos são essenciais para o bom funcionamento das instituições e o bem-estar da população.
Debate sobre responsabilidade fiscal se intensifica no Brasil
O debate sobre responsabilidade fiscal no Brasil ganhou destaque recentemente, sendo até mesmo judicializado pelo Executivo, o que gerou reações por parte dos congressistas. Em uma entrevista à ‘Folha de São Paulo’, Haddad fez comentários enfatizando a importância de medidas para garantir a estabilidade fiscal do país. Ele destacou que o governo enviou projetos de lei com o intuito de promover um ajuste fiscal, mas que, no decorrer do processo legislativo, tais propostas foram alvo de modificações que, segundo ele, desvirtuaram o objetivo inicial.
A questão da reoneração da folha de pagamentos em setores intensivos em mão de obra e em municípios foi um dos pontos de embate. Haddad ressaltou que é crucial ter responsabilidade fiscal, porém, é preciso considerar que a diversidade de ideias no Parlamento é fundamental para o desenvolvimento do Brasil. Ele alertou que impor integralmente as visões do Executivo sobre questões fiscais pode não ser a melhor abordagem, já que o progresso econômico depende da criação de riqueza, adoção de tecnologia, oferta de crédito, geração de oportunidades e criação de empregos, e não da sobrecarga fiscal sobre o empresariado, a produção e a mão de obra.
O presidente do Senado, Pacheco, também se pronunciou sobre o assunto, concordando com a importância da responsabilidade fiscal, porém ressaltando a necessidade de se respeitar a autonomia do Legislativo. Ele destacou que a advertência feita por Haddad, embora vinda de alguém a quem ele respeita, parece desnecessária e, inclusive, injusta em relação ao papel desempenhado pelo Congresso na condução dos temas fiscais.
Diante desse cenário, a discussão sobre a responsabilidade fiscal no Brasil segue em pauta, com diferentes atores expondo seus pontos de vista sobre como conciliar a necessidade de equilíbrio nas contas públicas com o estímulo ao crescimento econômico. É fundamental encontrar um equilíbrio que garanta a solidez das finanças do país sem comprometer o ambiente de negócios e a geração de empregos.
Fonte: @ Valor Invest Globo