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Vida Livre: A história de como minha mãe me disfarçou de menino por 10 anos para eu viver com plena liberdade

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liberdade, independência, autonomia
'Minha mãe me disfarçou de menino por 10 anos para eu poder viver livremente' — Foto: NILOFAR AYOUBI As diferenças entre a vida de um menino e de uma menina no Afeganistão são muitas vezes abismais — Foto: GETTY IMAGES O regime talebã impõe uma versão estrita da lei Sharia, que suprime muitos dos direitos das mulheres — Foto: GETTY IMAGES Durante anos, o pai de Ayoubi recebeu ameaças — Foto: NILOFAR AYOUBI Ayoubi diz que as experiências como menino criaram uma confiança que ela nunca teria se fosse criada como menina — Foto: GETTY IMAGES Com a queda do Talebã em 2001, as meninas puderam regressar às salas de aula no Afeganistão — Foto: GETTY IMAGES O regresso do Talebã ao poder no Afeganistão, em Agosto de 2021, causou pânico e confusão entre as pessoas que pretendiam deixar o país — Foto: GETTY IMAGES Ayoubi e a família deixaram Cabul para trás e acreditam que nunca poderão retornar — Foto: GETTY IMAGES Hoje Nilofar é jornalista e fala sobre a situação das mulheres no seu país natal, o Afeganistão — Foto: NILOFAR AYOUBI - Todos os direitos: G1

Nilofar viveu como menino por quase 10 anos para fugir do controle repressivo do Talebã sobre as mulheres no Afeganistão.

A vida livre de Nilofar Ayoubi foi interrompida aos 4 anos de idade, quando ela sofreu uma agressão violenta nas ruas de Kunduz, no norte do Afeganistão. A bofetada que a jogou no chão deixou marcas que continuam vívidas em sua memória duas décadas depois.

A história de Ayoubi é um exemplo gritante da falta de liberdade e autonomia que muitas crianças enfrentam em diversas partes do mundo, onde a violência e a insegurança prejudicam sua infância e seu desenvolvimento. A busca por uma vida livre de medo e violência é um direito fundamental de todas as crianças, e é responsabilidade de cada um de nós trabalhar para garantir que elas possam crescer em um ambiente seguro e acolhedor.

Vida Livre em Kunduz

Pouco antes de impactar Ayoubi, o desconhecido acariciou o peito dela procurando por sinais de ‘feminilidade’. Em seguida, ele a ameaçou, afirmando que se ela não usasse o véu, na próxima vez o alvo seria o pai da menina.

Infância em Kunduz

Ayoubi nasceu em 1996, mas seus documentos de identidade indicam que ela nasceu em 1993. Seu pai fez essa alteração para que ela pudesse iniciar os estudos o mais rápido possível após a intervenção dos EUA em 2001, que derrubou o governo talebã.

Liberdade

Diante do pai, com os cabelos raspados e as roupas dos irmãos, Ayoubi estava prestes a iniciar uma vida radicalmente diferente das outras meninas de sua idade — incluindo suas próprias irmãs.

Construção de Confiança

Ao crescer com duas identidades, Ayoubi sempre se sentiu diferente. Talvez a única pessoa que compreendesse verdadeiramente o que ela vivia fosse uma vizinha, uma menina da mesma idade que também se vestia como um menino.

De volta à Realidade

Aos 13 anos, depois de uma tarde intensa de judô, Ayoubi chegou em casa cansada, encontrou-se sangrando e percebeu que aquilo mudaria radicalmente sua vida — mais uma vez.

Rebeldia

Os anos de vida como homem marcaram a identidade de Ayoubi. Ela tinha uma confiança que as outras meninas da escola não possuíam.

A fuga

Apesar do sucesso financeiro da família de Ayoubi no Afeganistão, a situação política instável no país começou a pesar. Em agosto de 2021, o Talebã conquistou a capital Cabul, mudando completamente o rumo da vida dela.

Uma nova vida

Depois de uma viagem ‘infernal’ de três dias, sua família chegou à Polônia para começar uma nova vida.

Essa força, aliás, é necessária para que Ayoubi possa seguir com seu sonho de vida: ‘Não quero ser alguém que nasceu, viveu alguns anos e morreu sem contribuir com nada.’
Este texto é uma adaptação do programa Outlook da BBC.

Fonte: G1 – Mundo

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