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O descompasso do plano motosserra: o comparativo entre as medidas de ajuste e as promessas de campanha do presidente argentino

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Javier Milei prometeu cortar drasticamente os gastos públicos, mas seu 'plano motosserra' veio acompanhado de grandes polêmicas — Foto: Getty Images/Via BBC Uma das principais propostas da campanha de Milei foi a dolarização da economia, que ficou de fora das primeiras medidas do novo governo — Foto: Getty Images/Via BBC Milei garante que seu plano de ajuste é o primeiro que recai principalmente sobre o Estado e não sobre a população, mas seus críticos afirmam o contrário — Foto: Getty Images/Via BBC Críticos do novo governo afirmam que o plano 'motosserra', na verdade, é um 'liquidificador' dos salários — Foto: Getty Images/Via BBC Javier Milei dobrou o abono mensal pago pelo governo às famílias que têm filhos – 56% das crianças argentinas pertencem a famílias pobres — Foto: Getty Images/Via BBC O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, garantiu que suas medidas irão gerar mais empregos e redução de impostos — Foto: Getty Images/Via BBC - Todos os direitos: G1

Economista libertário prometeu corte de gastos e dolarização para limpar economia argentina, gerando forte polêmica e panelaços.

Desde que Javier Milei assumiu a presidência da Argentina, no último dia 10 de dezembro, muitas mudanças têm sido anunciadas. Entre as medidas, está previsto um plano motosserra para reformular diversas leis em diferentes setores.

As propostas incluem um amplo projeto de ajuste que visa alterar ou revogar cerca de 20 leis em áreas como tributação, eleições e penalidades. Além disso, está prevista a implantação de medidas econômicas para debater mais de 600 iniciativas no Congresso, em sessões extraordinárias convocadas até o dia 31 de janeiro. Essas mudanças têm gerado grande impacto e recebido diversas críticas e elogios por parte dos argentinos.

Situação econômica da Argentina

O presidente Milei propôs a terceira parte do seu plano de reformas liberais, que tem gerado polêmicas crescimento ao assumir o poder.

Em meio a fortes panelaços, o presidente assinou um megadecreto que altera 366 leis com a finalidade de desregulamentar diversos setores da economia. Essas desregulamentações deverão afetar fortemente o poder de compra do país, com a desregulamentação dos preços contribuindo para o aumento do custo de vida.

Por outro lado, as medidas de ajuste incluíram a desvalorização do peso em relação ao dólar, gerando um impacto imediato nos preços das lojas e supermercados.

Adicionalmente, o país enfrentou um grande temporal que causou destruições e perdas de vidas, aprofundando ainda mais a apreensão dos argentinos.

Entretanto, muitas das medidas de Milei poderão entrar em conflito com suas promessas de campanha, como seus planos de dolarizar a economia e ‘dinamitar’ o Banco Central.

Projetos de lei

As propostas do presidente Milei são baseadas em ideais liberais, buscando eliminar normas que restringem a liberdade de mercado. O previamente anunciado forte ajuste proposto pelo ministro da Economia, Luis Caputo, era uma das promessas do chefe de Estado, na busca por reduzir o déficit fiscal.

O governo também planeja reduzir benefícios a políticos, como o uso de assessores, motoristas e telefones celulares, promovendo uma diminuição significativa dos cargos hierárquicos políticos.

Ajustes no plano motosserra

No entanto, críticos afirmam que o ‘plano motosserra’ de Milei impactará fortemente os trabalhadores, como a suspensão de obras públicas, que deixará milhares de operários desempregados. Além disso, a suspensão da ‘pauta oficial’ deverá acarretar demissões e o fechamento de meios de comunicação com forte dependência de tal receita.

Outro golpe para os trabalhadores foi o vertiginoso aumento do dólar oficial em relação ao peso, impactando diretamente na inflação e gerando preocupações quanto à possibilidade de um aumento de impostos para os trabalhadores argentinos.

Muitos acreditam que as medidas do novo governo na redução do tamanho do Estado possuem mais valor simbólico do que impacto real nas finanças públicas. Outros questionam se os anúncios oficiais incluirão cortes nos salários dos funcionários públicos e legisladores.

Aumento de impostos controverso

O presidente Milei, em contraste com seus ideais libertários, pretende aumentar certos impostos para reduzir o déficit fiscal do país. Isso gerou críticas, já que antes de chegar ao poder sua postura era a de não aumentar impostos. As recentes medidas econômicas fizeram com que os críticos relembrassem citações do presidente criticando antigas políticas fiscais.

Adicionalmente, o governo pretende recriar um imposto de renda que havia sido revogado antes de Milei vencer as eleições, mesmo com seu discurso anterior afirmando que tal imposto penalizava a acumulação de capital e afetava negativamente a economia.

Medidas transitórias

Milei defende que seus planos de ajuste e aumento de impostos serão transitórios e de curto prazo. No entanto, muitos são céticos quanto à possibilidade de redução de tributos no futuro, com algumas críticas apontando que na Argentina os impostos transitórios costumam se tornar permanentes.

Adicionalmente, a reversão das medidas econômicas propostas pelo presidente dependerá das próximas decisões do Congresso no que diz respeito ao aumento de impostos e redução das despesas públicas.

Expectativa em relação à dolarização

Apesar do presidente Milei ter proposto uma série de medidas econômicas controversas, o ponto mais polêmico de sua campanha, a dolarização, ainda é tema de discussão. A promessa de eliminar o peso e fechar o Banco Central continua no horizonte, mesmo que algumas das medidas já tomadas não se alinhem com estes objetivos. Por enquanto, tais ações visam controlar o caos econômico, indicando que a dolarização ainda é vista como o ponto de chegada para o governo.

Fonte: G1 – Mundo

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