Economista de Milei: Dolarizar Argentina é meta a médio prazo, diz a banqueiros.

A reunião confirmou as notícias que apontavam para o afastamento do presidente eleito de conselheiros que defendiam suas promessas de campanha mais radicais e polêmicas, gerando especulações sobre as futuras diretrizes políticas do governo.

Segundo um representante da associação bancária argentina, Adeba (Asociación de Bancos Argentinos), a conversa com a Bloomberg News foi considerada “altamente satisfatória” e resultou em uma proposta favorável ao mercado para resolver a dívida do banco central.

Um representante de Javier Milei se negou a fazer comentários sobre o tema.

As declarações de Caputo indicam que Milei está se afastando de assessores que defendem suas propostas de campanha mais drásticas, como a saída do peso argentino e o fechamento do banco central. Milei se distanciou de Emilio Ocampo, seu consultor para a dolarização, e na sexta-feira outro assessor com uma postura mais rígida no início da campanha, Carlos Rodriguez, anunciou em uma rede social que também não faria parte do governo. Os investidores, que comemoraram a vitória de Milei nas eleições presidenciais de 19 de novembro, continuam valorizando os ativos argentinos à medida que o presidente eleito demonstra sinais de moderação.

Governo de Javier Milei não suspenderá controles cambiais imediatamente após a posse

O próximo governo liderado por Javier Milei na Argentina não tem planos de suspender os controles cambiais imediatamente após tomar posse em 10 de dezembro. Segundo fontes próximas às conversas, Luis Caputo, responsável pela equipe econômica de Milei durante a transição de governo, afirmou a executivos de bancos em Buenos Aires que a dolarização será uma meta de médio prazo. Além disso, ele enfatizou que o foco do novo governo será alcançar um superávit fiscal em 2024. A reunião, que contou com cerca de 30 pessoas, incluindo consultores e funcionários dos bancos, foi utilizada por Caputo para apresentar as principais linhas do plano econômico de Milei.

Fonte: InfoMoney