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Futebol

Comissão de Ética da CBF arquiva denúncia de assédio, rejeita afastamento por indícios de infração

Publicado

em

assédio moral, assédio sexual, reclamações de assédio
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, durante o sorteio da Copa do Brasil de 2023 Thais Magalhães/CBF

Denúncia de afastamento do dirigente rejeitada devido a indícios de infração. Ambiente inseguro, relatos de discriminação, violência e descumprimento de regras. Vigilância necessária.

A denúncia de assédio feita por uma ex-diretora da CBF contra o presidente Ednaldo Rodrigues foi arquivada pela Comissão de Ética da entidade. Segundo a decisão, a denúncia de afastamento do dirigente foi rejeitada devido a indícios de infração.

A ex-diretora acusava Ednaldo e membros da diretoria de **assédio moral** e relatava episódios em que se sentia humilhada. Ela chegou a anexar prints de conversas com diretores e relatos de testemunhas em sua denúncia, que acabou sendo em vão. A ESPN teve acesso ao documento da decisão de arquivar o caso, gerando **reclamações de assédio** por parte da ex-diretora e questionamentos sobre a conduta ética na CBF.

O papel da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro

De forma imperativa, dentre as competências do Presidente da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, elencadas no artigo 4 do Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro, há a atribuição de: Receber a denúncia, ou rejeitá-la em caso de ausência de indícios de infração

No dia 13 de dezembro, a ESPN divulgou uma matéria relevando os resultados de uma pesquisa interna feita sobre assédio. A pesquisa realizada pela

Travessia – Estratégias em Inclusão

apontou que mais da metade dos quase 400 funcionários ouvidos sob condição de anonimato tinha

a percepção de um ambiente inseguro e repleto de medo, com receio de retaliação ou falta de confiança no sistema

.

O grupo de funcionários ainda indicou que

não se sentiria confortável em relatar situações preocupantes nos canais de denúncia atuais da entidade

.

Por fim, a pesquisa destacou que

30% dos funcionários admitiu ter sofrido discriminação, assédio ou violência, com alguns optando por não se manifestar por medo

.

O desconforto no ambiente de trabalho já era assunto nos corredores da CBF desde o início do mandato de Ednaldo, mas nunca tinha sido abordado pela liderança da entidade. Descontente com a situação e com o contexto recente da entidade, que teve um ex-presidente – Rogério Caboclo – destituído do cargo por acusações de assédio contra uma secretária, o dirigente baiano decidiu contratar a empresa Travessia.

A reação da CBF diante da situação

Os eventos recentes na história da CBF infelizmente levaram a entidade a ocupar as manchetes policiais e de escândalos dos jornais e sites, manchando ainda mais sua trajetória e vitimizando pessoas que foram desrespeitadas por atos desprezíveis, que deixaram traumas e feridas que não se curam facilmente

, afirmou a CBF, em julho, ao anunciar o contrato de dois anos com a empresa especializada em

Projetos para Estratégia em Inclusão

.

Toda a forma de violência – e o assédio moral e sexual está entre os mais terríveis – deve ser combatida dia após dia, em nossas ações, nossa forma de pensar, de se relacionar com pessoas, empresas, entidades. Transparência e respeito sempre serão a base. Por isso, estamos felizes de, a partir de agora, termos ao nosso lado uma empresa reconhecida por sua atuação em políticas de combate a estes crimes, em ações efetivas de educação pelo fim da violência

, acrescentou o então presidente em comunicado oficial da confederação.

Ednaldo Rodrigues e sua visão sobre o assédio na CBF

O discurso interno, no entanto, foi diferente. Durante um ciclo de conversas com cada departamento sobre as queixas de assédio, Ednaldo Rodrigues chegou a afirmar que, na sua percepção, quem estava sendo assediado era a própria instituição e minimizou a gravidade do cenário.

Aqui tem muito uma cultura de assédio moral. Não atendeu? É assédio moral. Conversou para melhorar a relação em nome da instituição? É assédio moral. Pelo contrário. Se há assédio moral, é por parte dos colaboradores contra a instituição. Descumprimento de regras, entendeu? E estamos aqui dizendo: ‘vamos estabelecer aqui uma situação de respeito a diretrizes, que a entidade tem instituída para todos’. Não é para um e para outros, não

, afirmou durante uma das reuniões, segundo gravação obtida pelo ESPN.com.br.

Em várias outras conversas com membros de sua diretoria, Ednaldo Rodrigues insistiu que as reclamações dos funcionários não tinham muita coerência e que a pesquisa confirmaria sua impressão. Os resultados, porém, revelaram o contrário.

Fonte: ESPN – Futebol

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