Futebol
Manifestação popular pela suspensão de decisão do TJ-RJ que tirou Ednaldo da presidência da CBF
Agentes políticos da CBF e de Brasília tinham confiança nos pareceres favoráveis da AGU e da PGR, conforme apurou a ESPN.
A manifestação da Procuradoria Geral da República foi feita nesta quinta-feira (04) e pede a suspensão da decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro referente à destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol.
Conforme noticiado pela ESPN, Ednaldo Rodrigues espera retornar à presidência da CBF até o fim desta semana, com base em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda aguardamos outros posicionamentos sobre esse assunto para entender melhor o desenrolar dessa situação.
Ednaldo Rodrigues: Destituição do Cargo de Presidente da CBF
O movimento ocorre após o dirigente ter sido destituído do cargo e ver o pedido ignorado pelo Superior Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (STJ-RJ), causando repercussão em diversas esferas.
Paulo Gonet, Procurador-Geral da República, recomenda a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
A manifestação da PGR acompanha a publicação de Flávio José Roman, Advogado-Geral da União Substituto, que pede a suspensão dos acórdãos proferidos na ação civil, restaurando-se os efeitos do termo de ajustamento entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e da Confederação Brasileira de Futebol.
O PC do B (Partido Comunista do Brasil) pede urgência ao órgão de instância máxima do Poder Judiciário contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de afastar o presidente da CBF, refletindo uma preocupante instabilidade jurídica.
Enquanto isso, Gilmar Mendes, presidente do STF, aguarda a resposta do parecer jurídico da AGU (Advocacia-Geral da União) e PGR (Procuradoria-Geral da República), buscando soluções quanto ao afastamento do presidente.
A Agonia de Ednaldo: A Profunda Crise na CBF e Suas Implicações
Por que Ednaldo foi destituído do cargo?
A Justiça determinou na última quinta-feira (7) que o atual presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ednaldo Rodrigues, fosse retirado de seu cargo, gerando grandes repercussões no cenário esportivo nacional.
No entendimento do TJ-RJ, porém, o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que havia sido assinado entre o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e a CBF, em março de 2022, é ilegal, fomentando incertezas acerca dos futuros rumos do futebol no país.
Eleições anteriores, ocorridas de 2017 em diante, também foram invalidadas pela Justiça com a decisão desta quinta, agravando a situação da confederação e de seu presidente.
Dirigente já havia tentado recorrer
Após a definição da Justiça, Ednaldo Rodrigues entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça no dia 11 de dezembro. A intenção era anular a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que o destituiu da presidência da CBF na última semana, evidenciando a persistência do líder diante de obstáculos.
Na tentativa de retornar o quanto antes ao posto de presidente da entidade que comanda o futebol brasileiro, o cartola apostava em uma liminar para voltar ao cargo, já que o STJ ainda não tem data para julgar o caso, destacando a complexidade e a morosidade do sistema judicial brasileiro.
O recurso enviado pela defesa do dirigente foi feito após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro publicar de forma oficial a decisão de considerar nula a eleição que colocou Ednaldo como presidente da CBF. Com isso, a defesa entrou de imediato na tentativa de obter uma liminar, demonstrando a luta incansável de Ednaldo para reaver seu cargo.
No entanto, Ednaldo seguiu destituído da presidência da CBF. Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, não reconheceu o recurso apresentado pelo dirigente, agravando ainda mais a crise na confederação e no futebol brasileiro.
Fonte: ESPN – Futebol