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Meio Ambiente

Nova espécie de rã descoberta no ES: a rãzinha de bromélia do Garrafão

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descoberta, anfíbio, Espírito Santo
Nova espécie de rã é descoberta no ES — Foto: Projeto Bromélias Rã fica dentro das folhas de bromélia — Foto: Rodrigo Ferreira/Projeto Bromélias Ovos são colocados dentro das folhas de bromélia; espécie só existe na Pedra do Garrafão, na Região Serrana do ES — Foto: Rodrigo Ferreira/Projeto Bromélias Pedra do Garrafão, em Santa Maria de Jetibá, Região Serrana do Espírito Santo — Foto: Rodrigo Ferreira/Projeto Bromélias Rã de Bromélia do Garrafão é descoberta na Região Serrana do ES — Foto: Rodrigo Ferreira/Projeto Bromélias - Todos os direitos: G1

Nova espécie de rãzinha de bromélia do Garrafão descoberta após oito anos de pesquisa na Pedra do Garrafão, Espírito Santo.

Uma nova espécie de rã foi encontrada por pesquisadores brasileiros na Reserva Biológica de Sooretama, no Espírito Santo. Com 20 milímetros e a característica de se reproduzir em poças d’água temporárias, a rãzinha é mais uma descoberta impressionante para o estado, que já abriga uma grande diversidade de anfíbios.

Os pesquisadores responsáveis pela descoberta da nova espécie de rã afirmam que a sua preservação é essencial para o equilíbrio ecológico da região, e que estudos mais aprofundados serão realizados para entender melhor o seu comportamento. Compartilhe essa importante descoberta nas redes sociais e ajude a conscientizar sobre a importância da conservação das espécies. Compartilhe no Facebook e Instagram!

Descoberta da nova espécie de rã no Espírito Santo

O anfíbio foi identificado como a ”rãzinha de bromélia do Garrafão” (Crossodactylodes teixeirai). A descrição formal da descoberta foi feita por cinco pesquisadores e publicada na terça-feira (19) no Journal of Herpetology, um jornal científico com reconhecimento internacional.

A descoberta foi resultado de uma expedição realizada em 2015 por pesquisadores do Projeto Bromélias da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e também do Instituto Nacional da Mata Atlântica.

‘De lá pra cá, foram realizadas diversas expedições no local. Durante as expedições, 15 pesquisadores estiveram envolvidos, indo ao local, estudando sobre a rãzinha de bromélia do Garrafão’, disse o Coordenador do Projeto Bromélias Rodrigo Ferreira.

Rodrigo disse também que até chegar a publicação da nova espécie foram feitas análises genéticas e morfológicas do anfíbio.

‘A ciência precisa de evidências e, por isso, fizemos essa publicação após oito anos de estudos’, disse.

Segundo o coordenador do projeto, o nome da rã homenageia a memória do herpetólogo capixaba Rogério Luiz Teixeira (1959–2015), em reconhecimento aos estudos que realizou sobre a associação entre anfíbios e bromélias, especialmente no Espírito Santo.

A rã e sua relação com o microecossistema da Pedra do Garrafão

A rãzinha de bromélia do Garrafão foi encontrada exclusivamente em Santa Maria de Jetibá, endêmica da região e depende de um nicho ecológico específico para sua sobrevivência.

‘Ela ocorre apenas entre 1.212 e 1.374 metros de altitude em um fragmento florestal no entorno da Pedra do Garrafão, disse.

A rãzinha apresenta características surpreendentes, como a habilidade de criar girinos dentro das bromélias, adaptando-se a este microecossistema. Segundo Rodrigo Ferreira, esta especialização é essencial para a sobrevivência e reprodução desta espécie de rã em particular.

‘Além dela ser adaptada a vida da bromélia, tanto o pai quanto a mãe cuidam dos ovos e dos girinos. Onde a gente encontra a folha da bromélia com ovos ou com os girinos, também há maior probabilidade de encontrar os pais. Na ciência, isso se caracteriza por cuidado parental, que não é comum em outros anfíbios’, disse.

Impacto para a preservação da região

A descoberta desta nova espécie de rã é significativa para a preservação da biodiversidade da região, em particular da Pedra do Garrafão. Segundo o coordenador do Projeto Bromélias, esta descoberta pode influenciar a adoção de políticas públicas, incluindo a transformação da Pedra do Garrafão em uma Unidade de Conservação.

‘Essa descoberta pode influenciar na adoção de políticas públicas, sendo a principal delas meios de preservação da região. É uma região importante, no qual abriga polonizadores, tem alto potencial turísticas e diversas características relevantes’, disse Rodrigo Ferreira.

Consequentemente, a preservação da diversidade e a saúde ecossistêmica, incluindo a dos seres humanos, seria promovida pela transformação em uma Unidade de Conservação, como ressalta o pesquisador.

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Fonte: G1 – Meio Ambiente

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