Meio Ambiente
Exploração do Royal Charlotte: imagens exclusivas de imenso banco de corais no Parque das Sereias
A barreira de corais de Porto Seguro tem 100 km de extensão e 3 mil metros de profundidade. O Projeto Coral Vivo estuda as espécies locais.
O Royal Charlotte é uma recente descoberta da ciência brasileira, sendo um enorme banco de corais com 100 quilômetros de extensão e chegando a três mil metros de profundidade. O Globo Repórter desta sexta (15) destacou a importância do uso sustentável dos recursos oceânicos e como a vida marítima em equilíbrio é poderosa fonte de renda e geração de empregos.
Além de sua extensão impressionante, o Royal Charlotte é um exemplo de corais imenso, trazendo consigo uma rica biodiversidade e potencial econômico. O enorme banco de corais proporciona oportunidades para o desenvolvimento de atividades sustentáveis e geração de empregos na região.
.
O impressionante Royal Charlotte: um enorme banco de corais
Descoberto pela ciência apenas no ano passado, o Royal Charlotte é um imenso banco de corais com 100km de extensão localizado no Parque Municipal Marinho do Recife de Fora, na costa de Porto Seguro (BA). Seus corais chegam a três mil metros de profundidade e têm uma ampla variedade de espécies vivendo ali.
‘Foi o primeiro recife profundo, de fato vivo e complexo que a gente encontrou. Realmente único, foi um momento de emoção forte. Um ambiente incrível, maravilhoso, cheio de vida. Realmente, acho que é o auge da carreira como cientista marinho’, conta Ronaldo Francini, biólogo do Centro de Biologia Marinha da USP.
Ronaldo mergulha para estudar o mar há 30 anos e foi o primeiro brasileiro a abrir os olhos no Charlotte, em uma expedição do Projeto Coral Vivo. O Globo Repórter mergulhou no Royal Charlotte e conseguiu imagens inéditas do local. (Veja no vídeo no topo da matéria)
Segundo Débora Pires, doutora em zoologia marinha e fundadora do Projeto Coral Vivo, o Royal Charlotte tem uma grande importância para o litoral da Bahia.
‘É um recife de coral verdadeiro, com uma estrutura biológica que serve como uma barreira natural contra a erosão costeira‘, explica Débora.
As barreiras de corais são raras, ocupam menos de 0,2% dos oceanos. Mas abrigam 25% de toda a vida marinha, incluindo seres pré-históricos, como o coral cérebro, que só existe no Brasil.
Pesquisadores do projeto coletam amostras do coral cérebro e de outros animais para fins de pesquisa. ‘O potencial é enorme. É muito importante que a gente avance com esses estudos nessa região’, diz Ronaldo.
Royal Charlotte: a importância do enorme banco de corais
Confira as últimas reportagens do Globo Repórter:
‘
Fonte: G1 – Meio Ambiente