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Paraná Clube: o impacto econômico da venda da SAF na economia regional
Proposta homologada pela Vara de Falências de Curitiba. Causas do imbróglio transformam clube para SAF. Voltar à Série B e competir na elite do futebol brasileiro.
O Paraná Clube teve a autorização para a venda de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) confirmada pela juíza Mariana Fowler Gusso, da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba. A transação promete mudanças significativas para o futuro do clube paranaense, que busca se reerguer nos próximos anos.
A proposta de investimento no valor de R$ 430 milhões tem como objetivo a volta à Série B do Brasileiro até 2027. Além disso, a juíza também autorizou a incorporação da SAF a outro clube paranaista que esteja jogando a elite do estadual e competições nacionais, o que traz novas possibilidades e perspectivas para o Conselho Deliberativo e Conselho Consultivo do clube.
Proposta de venda da SAF gera imbróglio no Paraná Clube
Por fim, a juíza Mariana Fowler Gusso também autorizou o leilão da sub-sede da Kennedy e venda do potencial construtivo de imóveis da Vila Olímpica Boqueirão, além de pedir que o Paraná informe mais detalhes da proposta da venda de 90% da SAF. O prazo do clube para isso é de 10 dias.
No dia 1º de dezembro, o Conselho Consultivo do Paraná Clube tinha dado parecer favorável à transformação para SAF, voltar à Série B e apresentada. Já na última semana foi a vez do Conselho Deliberativo do clube aprovar a venda da SAF por R$ 430 milhões. Antes, em setembro, o Tricolor tinha tido a homologação da recuperação judicial.
A oferta vem de um grupo intermediado pela Pluri Consultoria Economista, responsável pela assessoria de clubes brasileiros no processo de transformação para SAF.
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Veja outros pontos citados na proposta:
- Foco e revitalização das categorias de base;
- Transformar o Boqueirão em centro de treinamentos, com acordo com o Carlos Werner, empresário e ex-investidor, para utilizar o Ninho da Gralha;
- Promessa de resolução do imbróglio da Vila Capanema com a União;
- Investimentos podem ter alterações devido as dívidas. O valor de R$ 430 milhões é o aporte dos investidores e não contabiliza as receitas do Paraná Clube.
A situação do Paraná Clube no contexto da proposta
Com a recuperação judicial, a dívida do clube caiu de R$ 119 milhões para cerca de R$ 60 milhões. Vale lembrar que a sub-sede da Kennedy entrou como garantia neste processo. De 2012 até 2032 a sede está arrendada pelo Espaço Torres para eventos nos salões. A Vila Capanema pertence à União.
Em campo, o Paraná Clube não joga desde junho, quando acabou eliminado na primeira fase da Segunda Divisão do Campeonato Paranaense.
O Tricolor foi rebaixado no estadual do ano passado e não conseguiu retornar à elite em 2023. Além disso, ficou sem calendário nacional pela primeira vez na história, fora até mesmo da Série D do Brasileiro. A única competição do time paranista é novamente a Divisão de Acesso, que começa no final de abril de 2024.
Sensação na década de 1990, com seis títulos locais e um da Série B, o Paraná parou no tempo na virada do século. Em cinco anos, o Tricolor saiu da elite do futebol brasileiro para ficar sem calendário nacional e na Segunda Divisão do Campeonato Paranaense. Foram quatro rebaixamentos no período, sendo três no Brasileirão e um no estadual.
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Fonte: G1 – Esportes