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Trump é vetado nas primárias locais do Estado de Maine, nos EUA
O Maine se torna o segundo estado a vetar a participação de Trump nas eleições devido à insurreição. Colorado tomou mesma decisão em 19/12.
A autoridade eleitoral do estado do Maine, nos Estados Unidos, divulgou na quinta-feira (28) que o candidato republicano ex-presidente Donald Trump não estará listado nas cédulas das primárias presidenciais republicanas de 2024. Em 19 de dezembro, o estado do Colorado tomou uma decisão semelhante.
As ações nos dois estados estão relacionadas ao ataque ao prédio do Congresso dos EUA em 2021. O argumento jurídico é que Trump não pode ocupar a presidência devido a um artigo da Constituição norte-americana que proíbe as pessoas de ocuparem cargos públicos se tiverem participado de ‘insurreição ou rebelião’ após fazerem um juramento aos EUA. Essa cláusula raramente foi invocada desde a Guerra Civil nos EUA.
Decisão do Maine e a Inabilidade de Trump Concorrer
A secretária de Estado do Maine, Shenna Bellows, justificou sua decisão com a 14ª Emenda da Constituição –essa mesma que diz que uma pessoa que participou de uma insurreição não pode ocupar um cargo público.
A decisão pode ser contestada na Justiça do estado do Maine. No começo de 2024 deve haver uma decisão da Suprema Corte dos EUA sobre a possibilidade de Trump concorrer à presidência. Qualquer decisão da alta corte se aplicará a todos os estados, incluindo o Maine.
A campanha de Trump disse que vai apelar da decisão da corte, que foi de 4 a 3, para a Suprema Corte dos EUA.
Essa decisão do Maine é mais prejudicial a Trump do que a do Colorado. Nas eleições dos EUA, cada estado tem uma regra de como dividir seus delegados do colégio eleitoral (no país, as eleições são indiretas).
No Colorado, o candidato que vencer, mesmo por margem pequena, fica com todos os delegados do colégio eleitoral. Como o Colorado é um estado de perfil mais progressista, dificilmente um candidato republicano consegue vencer lá. No Maine, o candidato vencedor não leva todos os delegados, porque há uma divisão proporcional de acordo com a votação.
Fonte: G1 – Mundo