Ações da Americanas (AMER3) geram prejuízo de quase R$ 1 bilhão para fundos de pensão, mas esperança de recuperação surge

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As perdas dos fundos de pensão com a crise da Americanas (AMER3) chegaram a R$ 956 milhões, de acordo com a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) durante um período de um ano após a crise atingir a empresa em janeiro de 2024.

A varejista teve uma desvalorização de seus papéis e teve que recorrer à proteção judicial devido à revelação de uma fraude contábil que alcançou mais de R$ 25 bilhões, o que impactou diretamente os investimentos dos fundos de pensão.

Exposição dos fundos de pensão à Americanas

Os AMER3 tinham exposição à Americanas através de títulos de dívida ou de fundos que investiam em ações da companhia. Essa exposição trouxe prejuízos consideráveis, mas segundo a Previc, uma boa parte desse montante elevado de perdas pode ser recuperada ao longo dos próximos anos.

Plano de recuperação judicial e perspectiva de recuperação

O plano de recuperação judicial da Americanas, aprovado pelos credores em dezembro do ano passado, tem o potencial de recuperar até 60% do montante de R$ 956 milhões perdido. A perspectiva de recuperação está desenhada a partir desse plano aprovado pela empresa na Justiça. Os credores financeiros poderão receber o pagamento com desconto de no mínimo 70%, ou então converter parte da dívida em ações, outra parte em dívida nova e receber o restante em dinheiro.

Supervisão pela Previc e recompra dos papéis da Americanas

Os fundos de pensão devem pensar no longo prazo: a recompra tem prazo até 2039 para ser quitada; na conversão em ações, os credores terão de esperar três anos para zerar a posição. Além disso, eles terão que contar com uma valorização dos papéis para acima dos R$ 1,30 a que cada um deles sairá na capitalização, que somará R$ 24 bilhões.

Impacto e recuperação dos valores perdidos

Embora o prejuízo tenha sido considerável, ele não virou perda efetiva de dinheiro na maior parte do mercado. Houve apenas sete casos de possíveis problemas de gestão relacionados à venda dos papéis da Americanas antes da aprovação da recuperação judicial, que abre a perspectiva de uma recuperação maior dos valores perdidos. Segundo a Previc, o impacto para os beneficiários foi relativamente pequeno. Apesar de o volume somar quase R$ 1 bilhão, ele equivale a apenas 0,8% do patrimônio do setor, que tem mais de R$ 1,2 trilhão em ativos.

Fonte: © Seu Dinheiro