Meio Ambiente
Estudo revela que a extinção ameaça a maioria das espécies arbóreas da mata atlântica: preservação em foco.
O Pau-Brasil, espécie arbórea endêmica, está classificado como criticamente em perigo pela IUCN devido à perda de 84% da população selvagem.
De acordo com um estudo recente publicado na revista científica Science, pesquisadores brasileiros alertam que a extinção de espécies de árvores na mata atlântica é uma preocupação iminente. A pesquisa revelou que 82% das espécies exclusivas do bioma estão sob ameaça, o que representa um sério risco para a biodiversidade da região.
O estudo, liderado pelo professor Renato Lima da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), destaca a urgência de medidas de conservação para proteger as espécies da mata atlântica da categoria de risco de extinção. O bioma abriga uma rica diversidade de árvores, muitas das quais só podem ser encontradas nesta região, tornando a preservação ainda mais crucial.
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Altas taxas de extinção na Mata Atlântica
Entre as espécies arbóreas endêmicas da Mata Atlântica, um alarmante 82% delas estão ameaçadas de extinção. Incluindo todas as espécies, mesmo as presentes em outros biomas, 65% delas estão em risco de extinção.
A pesquisa revelou que muitas das espécies endêmicas e nativas, pela menos dois terços delas, estão categorizadas como ameaçadas de extinção pela IUCN. Algumas espécies emblemáticas, como o Pau-Brasil e a Araucária, foram classificadas como ‘criticamente em perigo’ e ‘em perigo’, respectivamente, devido à drástica redução de suas populações na natureza.
Impacto do desmatamento na extinção
As espécies arbóreas da Mata Atlântica foram classificadas em diferentes categorias de risco de acordo com quatro critérios. Além da diminuição do tamanho das populações, foram considerados critérios como distribuição geográfica restrita, populações pequenas em declínio e populações muito pequenas.
Segundo o pesquisador Renato, o desmatamento é um fator determinante para a redução dessas populações, colocando em risco a diversidade arbórea do bioma.
O que pode ser feito para reverter a situação?
Preservar as áreas de ocorrência das espécies ameaçadas e criar planos de ação para conservar os genes das espécies mais vulneráveis são algumas medidas essenciais apontadas pelo pesquisador. Além disso, a restauração florestal e a conservação dos fragmentos remanescentes das espécies em extinção são cruciais para a manutenção da biodiversidade do bioma.
Fonte: G1 – Meio Ambiente