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Meio Ambiente

Desmatamento em áreas protegidas da Amazônia Legal atinge a menor taxa em 9 anos, aponta Imazon.

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derrubada, degradação
Sobrevoo mostra desmatamento em área da floresta amazônica em Manaus, no Amazonas. — Foto: REUTERS/Bruno Kelly/File Photo Como a recente descoberta de um clima árido na Bahia pode impactar o restante do Brasil - Todos os direitos: G1

Em 2023, houve redução geral de 386 km² de floresta em terras indígenas e unidades de conservação, medida por satélites do método do Deter.

Em 2023, as áreas protegidas da Amazônia Legal apresentaram uma diminuição significativa no índice de desmatamento, totalizando uma redução de 73% em relação ao ano anterior, resultando em um total de 386 km² desmatados.

Essa queda no desmatamento foi ainda mais expressiva a nível geral, passando de 10.573 km² (2022) para 4.030 km² (2023), representando uma diminuição de 62%. No entanto, algumas áreas protegidas, como a TI Igarapé Lage (RO), apresentaram aumento na derrubada de árvores, indicando uma situação preocupante de degradação em determinadas regiões.

A extensão da Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e abrange a área de 9 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão, em uma vasta região coberta por florestas tropicais e biodiversidade única.

No último ano, ocorreram 386 km² de desmatamento em terras indígenas e unidades de conservação, equivalente ao tamanho da cidade de Belo Horizonte. Em 2022, esse número tinha atingido 1.431 km². Isso significa que o desmatamento nessas áreas caiu quase quatro vezes em relação ao ano anterior, representando uma redução de 73% (veja no gráfico abaixo).

Esses números foram levantados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto, que adota uma metodologia diferente do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Métodos de análise

O Imazon destaca que os satélites utilizados permitem a detecção de áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Inpe consideram regiões maiores que 3 hectares (entenda mais abaixo).

Foi constatado que a diminuição do desmatamento em áreas protegidas foi mais acentuada do que a redução geral de desmatamento considerando toda a Amazônia Legal, que registrou 10.573 km² em 2023 e 4.030 km² em 2022, caindo cerca de 62%, o que representa quase um terço do tamanho original.

Segundo o Imazon, o desmatamento ocorrido de janeiro a dezembro do ano anterior foi o menor em cinco anos. No entanto, mesmo com essa queda, o desmatamento ainda atinge a marca de cerca de 1,1 mil campos de futebol por dia, um índice superior ao período entre 2008 e 2017, quando o Imazon instalou o SAD.

A pesar da queda geral no desmatamento, houve o aumento na degradação em algumas áreas protegidas em 2023, como, por exemplo, em Igarapé Lage, Rondônia, onde o desmatamento cresceu 300%, tornando esse o terceiro território mais afetado na Amazônia em 2023. Além disso, os territórios Waimiri Atroari e Yanomami também tiveram aumentos significativos.

Os dados mostram que a maior área desmatada em terras indígenas no ano passado foi registrada na terra Apyterewa, no Pará, totalizando 13 km², o que indica uma redução de 85% na taxa de desmatamento, uma vez que, em 2022, havia perdido 88 km² de cobertura florestal.

Degradação e intervenções

Mesmo após operações de combate ao desmatamento, a TI Yanomami foi inclusive a quinta terra mais desmatada. No ano de 2023, as terras indígenas como um todo foram alvo de uma degradação que totalizou 104 km², representando uma redução de 52% em comparação aos 217 km² registrados em 2022.

📉 Essa marca representa o menor índice de desmatamento em territórios ocupados por povos originários desde o ano de 2017, de acordo com o Imazon.

Comparação entre estados

Em relação aos estados que compõem a Amazônia Legal, houve aumento no desmatamento em apenas três dos nove estados entre os anos de 2022 e 2023. Roraima, por exemplo, registrou um aumento de 179 km² para 206 km²; Tocantins, de 16 km² para 21 km²; e Amapá, de 9 km² para 18 km².

Pará lidera o ranking com 1.228 km², seguido por Amazonas com 877 km² e Mato Grosso com 864 km².

O papel do Imazon

O sistema do Imazon detecta áreas desmatadas em imagens de satélites em toda a Amazônia Legal e foi desenvolvido em 2008 pelo instituto para monitorar o ritmo da degradação florestal e do desmatamento na região. O sistema utiliza os satélites Landsat 7 e 8, da NASA, e Sentinel 1A, 1B, 2A e 2B, da Agência Espacial Européia (ESA), ambos de domínio público, garantindo a possibilidade de uso dos dados por qualquer pessoa ou instituição.

A vantagem desses satélites mais refinados é a capacidade de detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Inpe levam em conta regiões maiores que 3 hectares.

Além disso, o sistema é capaz de analisar a mesma área a cada 5 a 8 dias, priorizando a análise de imagens adquiridas na última semana de cada mês, o que possibilita identificar áreas degradadas e desmatadas.

Por fim, o Imazon destaca que, assim como o Deter, do Inpe, o calendário de monitoramento do SAD começa em agosto de um ano e termina em julho do ano seguinte, devido à menor frequência de nuvens na Amazônia. Ambos os sistemas servem como um alerta, mas não representam um dado oficial de desmatamento.

Fonte: G1 – Meio Ambiente

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