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Meio Ambiente

Desmatamento avança na Amazônia e Cerrado em 2023, indicam dados do Inpe

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desmate, supressão de vegetação
Foto aérea mostra uma área desmatada durante uma operação de combate ao desmatamento perto de Uruara, Estado do Pará, em 21 de janeiro de 2023. — Foto: Reprodução/Reuters - Todos os direitos: G1

Iniciadas em 2015, medições do Deter revelam menor acumulado de alertas na Amazônia desde 2018, enquanto o Cerrado registra aumento recorde em 2023.

O número de alertas de desmatamento na Amazônia Legal teve uma redução de 50% no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula, representando o melhor resultado desde 2018. Enquanto isso, no Cerrado, houve um aumento de 43% no índice de desmate, atingindo o maior valor da série histórica do Deter para o bioma, que teve início em 2019-2019.

Os dados levam em consideração o ano civil, que compreende o período de janeiro a dezembro, e foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta-feira (5).

Desmatamento na Amazônia

Os índices de desmatamento na Amazônia Legal apresentaram uma redução de 50% no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula, o que representa o melhor resultado desde 2018. No entanto, o Cerrado teve um aumento de 43% na supressão de vegetação, atingindo seu maior valor na série histórica do Deter para o bioma, que teve início em 2019-2019.

No ano passado, a área com alertas na Amazônia Legal foi de 5.152 km², representando um aumento de 20% em relação ao ano anterior, até 29 de dezembro de 2023. A queda veio depois de anos de alta no desmate, que bateu seu recorde em 2022, totalizando 10.278 km² (veja no gráfico abaixo). O aumento do desmatamento na região é alarmante e demanda ações urgentes para conter essa devastação.

Estados com maior desmatamento em 2023

Pará liderou a lista dos estados com mais desmate em 2023. Segundo o Deter, a área desmatada no estado foi de quase 2 mil km² (1.903 km²). Mato Grosso veio na sequência, com 1.408 km², e Amazonas com 894 km². Os três também são os líderes da série histórica. O aumento do desmatamento nestas regiões é preocupante e exige medidas efetivas para combater essa supressão de vegetação.

A Amazônia Legal é uma região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de 9 estados – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão. A área com alertas de desmatamento na região vem aumentando drasticamente, resultando em uma grande perda de vegetação nativa.

Relatório anual do Prodes

Números do Prodes, o relatório anual do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite, considerado o mais preciso para medir as taxas anuais, já apontavam essa queda em 2023. O documento divulgado em novembro do ano passado apontou uma redução de 2.593 km² na taxa (22%) entre agosto de 2022 e julho de 2023 (período chamado ano civil), a menor para uma temporada do Prodes desde 2019. O balanço do projeto mostra a gravidade da situação e a necessidade de ações imediatas para frear o desmatamento na região.

Problemas no Cerrado

O Cerrado vem registrando uma alta no desmatamento desde 2020. Em 2023, a área sob alerta de desmate foi de 7.828 km², representando a maior devastação da vegetação nativa desde o início das medições no segundo maior bioma do país. No ano passado, o Cerrado perdeu 7.828 km² de vegetação nativa (veja no gráfico abaixo). A preocupação com a situação do bioma é justificada, exigindo ações imediatas para proteger a região.

Situação do desmatamento no Cerrado

Segundo o Inpe, o estado do Maranhão foi o que teve a maior área de vegetação nativa suprimida (1.765 km²), seguido por Bahia (1.727 km²), Tocantins (1.604 km²) e Piauí (824 km²). Em novembro, o Inpe divulgou o balanço do projeto Prodes Cerrado, que apontou um aumento de 3% no desmatamento em 2023. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, o bioma perdeu 11.011 km² de vegetação nativa. A situação alarmante exige medidas urgentes para conter a supressão da vegetação no bioma.

Impacto do desmatamento

A manutenção do Cerrado é fundamental para a distribuição da água pelo Brasil. O bioma, por ter o solo mais alto, absorve a umidade e leva água para 8 das 12 bacias importantes para o consumo de água e geração de energia no país. A devastação do Cerrado também impacta diretamente a distribuição da água e a estabilidade ambiental do país.

Detecção do desmatamento

Os alertas de desmatamento foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, que produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras). O Deter não é o dado oficial de desmatamento, mas alerta sobre onde o problema está acontecendo. O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) é considerado o sistema mais preciso para medir as taxas anuais. A utilização desses sistemas é crucial para combater o desmatamento e garantir a preservação das florestas.

Fonte: G1 – Meio Ambiente

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