Meio Ambiente
Estudo revela que apenas 13 estados do país possuem estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar.
Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) usa 250 estações de monitoramento para coletar dados e orientar políticas de controle ambiental.
Segundo um estudo recente do Instituto de Energia e Meio Ambiente, lançado nesta semana, apenas metade dos estados do país possui estações automáticas de monitoramento mais preciso da qualidade do ar. Estes equipamentos são essenciais para a avaliação da poluição atmosférica e a implementação de políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade do ar.
De acordo com a pesquisa, a maioria das quase 250 estações de monitoramento da qualidade do ar automáticas do Brasil está concentrada na Região Sudeste, onde os quatro estados possuem a maior quantidade destes equipamentos. Com isso, há a necessidade urgente de expansão e instalação de mais estações em outras regiões do país para uma avaliação mais abrangente da qualidade do ar em território nacional.
Planos de Expansão das Estações Automáticas de Monitoramento
No topo da lista está o Rio de Janeiro, com 65 estações automáticas de monitoramento, seguido por São Paulo, com 62, Minas Gerais, com 54, e Espírito Santo, com 17.
Apesar disso, ainda de acordo com o estudo, quando critérios técnicos são levados em conta, mesmo estados com redes mais robustas, como São Paulo e Minas Gerais, apresentam déficit significativo de estações.
Isso acontece porque áreas com maior concentração de poluentes, alta densidade populacional e fontes potenciais de emissões (como o gás carbônico) exigem um monitoramento mais preciso.
Como a União Europeia e os Estados Unidos têm metodologias diferentes para avaliar esses números, no estudo, os pesquisadores comparam o cenário brasileiro com cada um desses quadros.
Considerando o critério americano, Santa Catarina lidera a lista com um déficit de seis estações, seguida por Goiás, Paraíba e Minas Gerais, cada um com três estações a menos do que deveria.
No entanto, quando o critério europeu é adotado, Santa Catarina passa a apresentar um déficit de 15 estações, enquanto Minas Gerais registra um déficit de dez, e São Paulo, de 22 (veja gráfico abaixo).
‘O estudo mostra que a quase totalidade dos estados tem monitoramento insuficiente. Apenas o Espírito Santo cumpriu com as quantidades mínimas requeridas, aplicando-se os critérios dos Estados Unidos e da Europa’, explica Helen Sousa, pesquisadora do IEMA e autora da análise.
Exigências de Equipamentos de Qualidade do Ar
Com isso, segundo os cálculos do IEMA, o Brasil necessita de pelo menos mais 138 ou 46 estações de monitoramento da qualidade do ar automáticas, seguindo o critério da União Europeia e dos Estados Unidos, respectivamente.
Na publicação, os autores do estudo ainda destacam que em 2020, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou os resultados de um pregão eletrônico que apontava um custo estimado de cerca de 12 milhões de reais para a aquisição de 34 estações automáticas de monitoramento.
Com base nesse montante, cada estação teria um custo médio de aproximadamente 350 mil reais.
Investimento em Estações de Monitoramento da Qualidade do Ar
Considerando este custo como referência, seria necessário um investimento entre 16 e 49 milhões de reais para estabelecer um número mínimo de estações de monitoramento do ar no Brasil. Estimativas essas calculadas também conforme os critérios adotados nos cenários dos Estados Unidos e da Europa, respectivamente.
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Fonte: G1 – Meio Ambiente