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Haddad aquece na lateral do campo: sucessor de Lula diz que PT precisa discutir opções para 2030 – Seu Dinheiro
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Não obstante as projeções desanimadoras que marcaram os primeiros meses do governo, o ex-prefeito de São Paulo, Haddad, conseguiu encerrar 2023 com resultados econômicos superiores às expectativas e a aprovação da reforma tributária.
Recentemente, o político foi um dos nomeados a touros do ano, ao lado da primeira-dama Janja Lula da Silva e do novo presidente da Argentina, Javier Milei. Leia mais sobre a trajetória de Fernando Haddad aqui.
Haddad amplia seu cenário político
Mesmo com desempenho considerado de destaque dentro do governo, o que o coloca como um forte candidato à sucessão do PT, o ministro Fernando Haddad, reflete sobre o futuro político em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta terça-feira (2).
‘O Lula foi três vezes presidente. Provavelmente, será uma quarta’, afirmou Haddad, fazendo referência a uma tentativa de reeleição em 2026. O ministro da Fazenda disse que, ao mesmo tempo que é ‘um trunfo ter uma figura política dessa estatura por 50 anos à disposição do PT’, também é um desafio grande pensar o ‘day after’, referindo-se a um nome para substituí-lo.
Haddad afirmou não participar das reuniões internas do PT sobre a possível sucessão e que, para 2026, há consenso dentro do partido e na base aliada para que Lula concorra ao quarto mandato. ‘Está pacificada. Não se discute’, afirmou ele sobre a questão.
Com 47 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2018, Haddad disse que a situação em que concorreu foi atípica e começou a ser decidida na cadeia, enquanto Lula estava preso.
‘Ninguém queria ser vice do Lula’, afirmou o ministro, que na época se engajou para que Ciro Gomes (PDT) ou Jaques Wagner (PT) fossem alternativas para a vice da chapa. Principalmente Jaques, por estar dentro do PT, afirmou o ministro.
Jaques Wagner, na época, desautorizou a inclusão de seu nome entre os prováveis planos ‘B’ do PT enquanto a candidatura de Lula estivesse posta. Houve conversas com Ciro desde fevereiro daquele ano, discutindo possível aproximação entre partidos de centro-esquerda antes de início formal da campanha.
Focos do governo
Na entrevista, Haddad fez considerações sobre a articulação política atual do governo, destacando a relação com o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha, e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Sobre as propostas econômicas do governo, enfatizou a aprovação da reforma tributária nos impostos sobre consumo, e indicou que a reforma do Imposto de Renda pode ficar para 2025. ‘O desafio de aprovar em 2024 a reforma do IR é que, como temos eleições municipais, há um problema de janela, que vai ter que ser avaliado pela política’, disse, destacando que a regulamentação da primeira parte da proposta precisa ser votada primeiro.
União no Congresso
A boa relação foi fundamental para que série de reformas e propostas fossem aprovadas no Congresso, alavancando o nome do ministro, mesmo que, para ele, Lula fique com os louros. ”A inflação caiu, o emprego subiu. Viva Lula!’ E o Haddad é um austericida’.
Com informações do Estadão Conteúdo
Fonte: © Seu Dinheiro