Situação grave de desnutrição das crianças yanomamis persiste mesmo após decreto de emergência do governo Lula: Vídeos chocantes expõem a realidade.

Ações na Justiça cobram medidas do governo federal, que anunciou mais investimentos em saúde para os Yanomami e reforço na segurança para expulsar garimpeiros.

Em recente matéria, o g1 divulgou imagens exclusivas que revelam a situação alarmante de crianças yanomamis sofrendo com desnutrição na busca por atendimento. Mesmo após um ano da declaração de emergência de saúde pública na região durante o governo Lula, a realidade ainda é de extrema carência, com casos alarmantes de fome e doenças.

Nas fotos inéditas, é possível constatar a preocupante condição de uma criança de 1 ano e 9 meses, pesando apenas 5,3 kg, um valor equivalente ao peso ideal de um bebê de apenas três meses, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Além disso, outra imagem mostra uma criança de 4 anos com apenas 6,7 kg, um peso mínimo para um bebê de cinco meses. Esses registros chocantes evidenciam a realidade trágica das crianças yanomamis, vítimas de desnutrição e sujeitas a graves doenças e possíveis mortes.

Situação alarmante: aumento dos casos de desnutrição

No vídeo, testemunhamos a angustiante situação de um menino desnutrido de apenas 11 anos, que chega chorando em busca de tratamento. Com apenas 15,4 kg, o peso do menino corresponde a menos da metade do que seria esperado para a idade. A fome e a doença estão devastando a comunidade Yanomami, causando um grande número de mortes por conta da desnutrição e por consequências geradas pelo garimpo ilegal no território.

Impacto do governo Lula

Em janeiro de 2023, o recém-empossado governo Lula expôs a situação no território, decretou emergência de saúde pública e deflagrou uma série de operações para garantir assistência aos indígenas e conter o garimpo ilegal. Contudo, passado o ano, a situação ainda é devastadora, com fome, malária, centenas de mortes e destruição decorrente do garimpo continuando a afligir essa comunidade vulnerável.

Ações de emergência e promessas não cumpridas

Apesar do esforço inicial, a União não conseguiu avançar na promessa de solucionar a situação no território Yanomami. Após reunião do presidente Lula com ministros, determinou-se que as Forças Armadas e a Polícia Federal permaneceriam na região de forma permanente. Além disso, foram anunciados investimentos de R$ 1,2 bilhão para ações estruturantes em 2024.

Relação entre os Ministérios

O Ministério da Saúde atribuiu a situação ao desamparo e ao desmantelamento das políticas de saúde indígena nos anos anteriores. Consequentemente, a União está tomando medidas emergenciais e estruturantes de forma interministerial para combater essas consequências profundas. Já o Ministério dos Povos Indígenas elencou os investimentos e a ampliação das unidades de saúde, além do envio de agentes de saúde ao território como parte de suas ações para solucionar o problema.

Respostas dos Ministérios

Em resposta aos desafios enfrentados, o Ministério dos Povos Indígenas afirmou que se mobilizou para salvar vidas e garantir o acesso à saúde dos povos Yanomami de forma interministerial. O Ministério da Defesa também ressaltou o apoio logístico das Forças Armadas na distribuição de toneladas de alimentos e materiais de apoio, além da realização de evacuações aeromédicas e a prisão de suspeitos de garimpo, destacando a atuação conjunta das entidades governamentais. Enquantoo Ministério da Súde revelou o ampliação de unidades de saúde, a busca ativa de pacientes e os investimentos na prevenção e controle da malária na região.

Fonte: G1 – Meio Ambiente