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Meio Ambiente

Aumento alarmante da violência contra mulheres na região da Amazônia Legal: 7 em cada 10 vítimas têm até 14 anos, aponta pesquisa.

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violência de gênero, agressões contra mulheres, violações contra mulheres
Amazônia Legal tem 30% mais casos de violência sexual do que restante do país, aponta pesquisa Violência física contra mulheres na Amazônia Legal — Foto: Reprodução/GloboNews - Todos os direitos: G1

Amazônidas são mais vítimas de violência sexual e homicídio doloso de mulheres. Conflitos socioambientais agravam o problema. Segundo relatório do Instituto Igarapé.

Na região da Amazônia Legal, a situação das mulheres é preocupante, já que elas são mais propensas a serem vítimas de violência sexual e assassinato em comparação com outras regiões do país. De cada 10 vítimas, sete são meninas de até 14 anos de idade. Essas estatísticas alarmantes revelam a gravidade da violência contra mulheres nessa área.

O recente relatório relatório ‘A violência contra mulheres na Amazônia Legal nos últimos cinco anos em comparação com o restante do país’ destaca a urgência de ações para combater a violência de gênero e proteger as mulheres na região. O documento revelou que, entre 2019 e 2023, a violência não letal, como a violência física, sexual, psicológica e patrimonial, aumentou 47% na Amazônia Legal, em comparação com 12% em outros estados do país. Esses números ressaltam a necessidade de intervenções efetivas para prevenir agressões contra mulheres e violações contra mulheres, especialmente na Amazônia Legal.

Novo relatório reforça a gravidade da violência contra mulheres

👉 De acordo com informações prestadas pelo IBGE, a divisão da Amazônia Legal se dá em duas partes distintas: a Amazônia Ocidental, que engloba Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, e a Amazônia Oriental, que é composta pelos estados do Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.

O relatório apresentou uma análise minuciosa dos dados provenientes de sistemas de saúde e segurança dos estados e municípios, além de informações obtidas de organizações não governamentais, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Projeto ACLED.

Situação alarmante de violação contra mulheres na região amazônica brasileira

Para além da pesquisa, o Instituto Igarapé divulgou nesta segunda-feira a plataforma ‘Mulheres na Amazônia: Conflitos e Violências’, que compila diferentes formas de violência enfrentadas por mulheres na região, abrangendo o Brasil, Colômbia e Peru.

Além dos números referentes a violências letais, não letais e políticas, a plataforma também contém informações sobre conflitos socioambientais, como disputas por terra e água no Brasil, e mostra as pressões territoriais, incluindo a localização de zonas de mineração legais e ilegais, projetos hidrelétricos e estradas. Entre os dados que aparecem na ferramenta estão:

  • Na Amazônia, a taxa de homicídio doloso de mulheres supera a média do restante do país em 48% no Brasil, 80% na Colômbia e 27% no Peru
  • A violência sexual é mais frequente na região amazônica nos três países.
  • A Amazônia brasileira apresenta uma taxa 30% maior de violência sexual do que no restante do país.

De acordo com a análise, isso é resultado de ‘conflitos socioambientais historicamente presentes na região e mais recentemente uma sobreposição de novas violência’.

‘Seja com crime ambiental, elementos que a gente vem estudando e entendendo como é que se desenrola dentro de um ecossistema de crimes, seja o desmatamento, seja o aumento de violência na região, com a própria entrada de facções vinculadas ao tráfico de drogas’, diz.

Violência patrimonial e política contra mulheres no foco do governo federal

Avaliando os dados de segurança pública e de saúde, é crucial considerar o contexto dos conflitos socioambientais da região para ter o cenário completo sobre a situação de violência contra mulheres. A plataforma é uma importante ferramenta para entender essa complexidade.

Procurado pela reportagem, o governo federal informou que o Ministério das Mulheres, junto a um grupo interministerial com a participação do Ministério da Justiça, irá lançar um plano de ação de prevenção aos feminicídios.

O objetivo é ‘prevenir todas as formas de discriminação, misoginia e violência de gênero contra mulheres e meninas, por meio da implementação de ações governamentais intersetoriais, com a perspectiva de gênero e suas interseccionalidades’.

Segundo o governo, o plano de ação será apresentado nesta terça (19).

Fonte: G1 – Meio Ambiente

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