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Meio Ambiente

Exploração ilegal de madeira: Um terço ocorreu em áreas protegidas em MT, revela levantamento – A crescente ameaça

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Quase um terço da exploração ilegal de madeira em Mato Grosso ocorreu em áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters Os dados também mostram que 25,6% das ações ilegais se concentram em terras indígenas e 19,5% em unidades de conservação — Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino - Todos os direitos: G1

Em Colniza, 12 mil ha explorados ilegalmente, equivalente a 10 mil campos de futebol. Prejudica produtores e degrada o bioma.

Um estudo recente realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) revelou que a exploração ilegal de madeira é um problema recorrente na região amazônica, com aproximadamente um quarto da extração ocorrendo de forma ilegal. A prática ilegal de desmatamento também é alarmante, com impactos significativos no ecossistema local.

De acordo com o relatório, a extração ilegal de madeira e o desflorestamento ilegal estão intimamente ligados, resultando na degradação de terras protegidas por leis ambientais. Entre agosto de 2021 e julho de 2022, mais de 200 mil hectares de floresta foram devastados ilegalmente, representando um sério desafio para as autoridades e organizações ambientais.

Exploração ilegal de madeira em Mato Grosso

Mato Grosso ocupa o segundo lugar no ranking das ilegalidades e perde para o estado do Pará. Já na lista dos municípios com mais áreas exploradas sem autorização para extração de madeira, Mato Grosso possui nove municípios.

No município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, já foram explorados 12 mil ha de forma ilegal, o que corresponde a mais de 10 mil campos de futebol.

🌲Os dados também mostram que 25,6% das ações ilegais se concentram em terras indígenas e 19,5% em unidades de conservação. Segundo a coordenadora do Programa Transparência Ambiental do ICV, Ana Paula Valdiones, quando a exploração ilegal invade territórios indígenas e unidades de conservação, ameaça a manutenção dos espaços, regulamentação climática e das chuvas.

‘A exploração ilegal de madeira prejudica o próprio produtor madeireiro porque torna difícil a competição de quem faz certo e de quem explora essa madeira ilegalmente e traz uma degradação do bioma que causa uma série de impactos ambientais que vão deixar suas marcas no território‘, diz.

De acordo com a superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Cibele Xavier, o órgão investiga planos de manejo autorizados na região que estariam esquentando madeira extraída ilegalmente.

‘Quando a gente mapeia que existe essa exploração seletiva, as equipes fazem o monitoramento dos créditos para identificar as pessoas jurídicas que estariam fazendo essas transações suspeitas’ , conta.

Já para o coordenador de inteligência territorial do ICV, Vinicius Silgueiro, é preciso fortalecer os órgãos de fiscalização para combater esse tipo de crime. O Instituto Centro de Vida, Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia e o centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) têm acesso a dados precisos que mostram a extensão do problema.

No período de agosto de 2021 a julho de 2022, centenas de ações ilegais foram detectadas em municípios, como Colniza e Cuiabá, totalizando uma exploração ilegal de madeira em mais de 100 mil hectares.

Isso equivale a mais de 100 mil campos de futebol e mostra a gravidade do problema. A coordenadora do Programa Transparência Ambiental do ICV está preocupada com o avanço da exploração ilegal de madeira em territórios indígenas, unidades de conservação e áreas protegidas.

Ela destaca que, além da degradação do bioma, toda essa extração ilegal de madeira prejudica não apenas o ambiente, mas também a economia e a sociedade. Selvino Miotto, superintendente do Ibama, reforça a importância de monitorar os créditos e identificar as transações suspeitas que estejam esquentando a madeira extraída ilegalmente para a produção de créditos florestais.

O Instituto Centro de Vida e o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia trabalham em conjunto para fortalecer os órgãos de fiscalização e combater a exploração ilegal de madeira em Mato Grosso. O Programa Transparência Ambiental do ICV monitora constantemente as áreas de desmatamento e extr
ação ilegal de madeira
para combater as ações ilegais.

O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) salienta que a entidade não compactua com qualquer tipo de prática ilegal. Em vez disso, Mato Grosso é reconhecido como um produtor de madeira nativa sustentável e legal. Portanto, é essencial combater a exploração ilegal de madeira e garantir que a extração de madeira seja feita de forma legal e sustentável, preservando assim o bioma da Amazônia.

Fonte: G1 – Meio Ambiente

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