Meio Ambiente
Temporal no Sudeste deixa 24 mortos e causa desastres naturais
16 mortes e 5,7 mil desabrigados devido a fortes chuvas no Sul do Espírito Santo. 8 mortes no RJ. Situação de emergência.
Os temporais que atingem a região Sudeste desde sexta-feira (22) causaram 16 mortes no Espírito Santo e oito no Rio de Janeiro. As chuvas são resultado de uma frente fria que chegou da região Sul e pôs fim à onda de calor que atuou na região na semana passada. Agora, essa frente fria está estacionada entre o Norte do RJ e o Sul do ES.
No Espírito Santo, mais de 5,7 mil pessoas estão fora de casa por causa das fortes chuvas que atingiram o Sul entre a noite de sexta-feira (22) e a madrugada deste sábado (23). A informação foi divulgada pelo boletim extraordinário da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) na manhã deste domingo (24).
Atualização sobre as chuvas e temporais no estado
Segundo as últimas informações, 17 mortes foram registradas no município de Mimoso do Sul, um dos mais impactados pelas fortes chuvas. Outras três mortes foram registradas em Apiacá. As vítimas ainda não foram identificadas.
Conforme o boletim, 12 pessoas estavam no asilo durante o temporal em Mimoso do Sul. Cinco delas foram resgatadas por meio de uma aeronave do Corpo de Bombeiros na manhã deste domingo, mas infelizmente cinco faleceram.
A água chegou ao segundo andar em algumas residências, forçando os moradores a se abrigarem nos telhados para escapar da enchente. O tenente coronel Benicio Ferrari Junior, coordenador estadual adjunto da Defesa Civil, relatou que a água em Mimoso do Sul já está diminuindo, o que permite que as equipes acessem mais áreas.
Segundo a Defesa Civil Estadual, os municípios que mais acumularam chuva nas últimas 24 horas foram Santa Teresa (75,1), Cachoeiro de Itapemirim (71,3), Santa Maria de Jetibá (58,23), seguido de Aracruz (53,57) e Fundão (51,8).
Um vídeo registrou o momento em que uma enxurrada levou um caminhão do Corpo de Bombeiros. Felizmente, ninguém ficou ferido.
Já no Rio de Janeiro, a situação mais crítica é em Petrópolis, na Região Serrana do RJ, onde choveu mais de 340 mm desde sexta. Esse volume é muito acima da média mensal de março, que é de 250 mm. As intensas chuvas tornaram o solo instável e resultaram em deslizamentos. A Defesa Civil informou 238 deslizamentos na cidade.
Um desses deslizamentos causou a destruição da casa de uma família e resultou em quatro mortes. Uma menina de quatro anos foi resgatada viva após ficar 15 horas sob os escombros. Ayla perdeu seus pais, irmão e avó. O emocionante resgate mobilizou bombeiros e moradores. A menina está fora de perigo.
Ela estava agarrada ao pai, que foi retirado sem vida. Douglas José de Souza tinha 24 anos e usou seu corpo para proteger a filha. Na manhã deste domingo, os corpos foram enterrados.
O governo federal anunciou que reconheceu situação de emergência em Petrópolis (RJ) no sábado (23).
Em Teresópolis, uma criança de 8 anos e um adolescente de 14 morreram após três casas desabarem. Em Arraial do Cabo, um homem morreu atingido por um raio. Em Duque de Caxias, um motorista faleceu após o caminhão que dirigia capotar na pista molhada e cair em um córrego.
O risco de deslizamentos de terra em Petrópolis e Teresópolis continua muito alto, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) do governo federal.
Previsão e deslocamento das áreas de chuva
O gráfico abaixo ilustra a previsão de deslocamento de áreas de chuva.
Orientações para a população diante das fortes chuvas e situação de emergência
▶️ O Inmet e o Cemaden recomendam algumas orientações prioritárias para as populações nas áreas que serão atingidas pelas chuvas intensas:
- Evitar deslocamentos desnecessários;
- Manter-se atento aos alertas da defesa civil nas redes sociais e na internet;
- Verificar eventuais alertas emitidos pelo Telegram: @defesacivilbrbot.
Fonte: G1 – Meio Ambiente
