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Meio Ambiente

Ondas de calor se intensificam com as mudanças climáticas, alertam cientistas do ClimaMeter.

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calor intenso, temperaturas elevadas, mudanças de temperatura
As mudanças climáticas estão intensificando as ondas de calor. — Foto: Arquivo Entenda a crise do clima em gráficos e mapas - Todos os direitos: G1

O ClimaMeter relatou que eventos climáticos extremos estão 1°C mais quentes devido ao aquecimento das águas dos oceanos. Este estudo rápido de atribuição foi financiado pela União Europeia.

As mudanças climáticas têm causado um aumento significativo nas ondas de calor no passado ao redor do mundo. Um estudo rápido de atribuição realizado pelo ClimaMeter revelou que as ondas de calor estão se tornando mais frequentes e intensas, devido às emissões de gases do efeito estufa.

Essas temperaturas elevadas estão impactando diversos países, incluindo o Brasil, e trazendo consigo uma série de consequências para o meio ambiente e para a saúde humana. É crucial que medidas sejam tomadas para enfrentar o desafio do calor intenso e suas repercussões.

Ação humana intensifica ondas de calor

🥵 De acordo com o monitoramento, a onda de calor verificada em março está 1°C mais quentes do que as ondas de calor registradas em anos anteriores. Além disso, as mudanças de temperatura extremas têm trazido calor intenso e temperaturas elevadas fora do comum.

Na segunda quinzena de março, diversas capitais tiveram recordes de temperatura por causa da terceira onda de calor do ano. A cidade de São Paulo, por exemplo, chegou a registrar 34,3°C, maior temperatura para o mês desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O financiado pela União Europeia, que contou com um grupo de cientistas de diferentes países, revelou que as ondas de calor no passado costumavam ocorrer durante a transição da primavera para o verão, enquanto atualmente estão se tornando mais frequentes entre fevereiro e março.

‘Utilizamos dados de satélites de 1979 até o presente. Eles combinam dados climáticos do passado e dados quase em tempo real da previsão para que possamos avaliar os eventos extremos. Nós vemos que essa onda de calor é muito mais quente do que a onda de calor do passado’, detalha o pesquisador.

Farana, diretor de pesquisa da Agência Francesa de Investigação (CNRS) e do Instituto Pierre Simon Laplace (IPSL), enfatiza a importância de monitoramento constante diante dos eventos extremos. Ele aponta que as contribuições do El Niño e do aquecimento das águas dos oceanos Pacífico e Atlântico estão impactando as ondas de calor, ressaltando a influência da ação humana.

Impactos das ondas de calor e justiça climática

O pesquisador também destaca que as alterações climáticas provocadas pelo homem têm um papel crucial na presença mais frequente das ondas de calor. As queima de combustível fóssil e a transição no uso dos combustíveis estão diretamente ligadas ao aquecimento do planeta e aos eventos climáticos extremos.

O estudo aponta, ainda, para a urgência de ações a fim de mitigar os efeitos das ondas de calor, especialmente em relação à justiça climática. A preocupação com as limites que o corpo humano pode sustentar diante do calor intenso é uma das principais motivações para a reavaliação da estrutura das cidades e a busca por justiça climática.

‘É urgente garantir o acesso de todos a áreas com ar condicionado e melhores condições de vida diante de eventos climáticos extremos’, recomenda.

Como destacado pelo diretor de pesquisa, as temperaturas extremas representam um desafio para a população de baixa renda, exigindo uma abordagem mais ampla para lidar com as ondas de calor e promover a justiça climática.

Medidas preventivas e desafios

Os pesquisadores alertam para a tendência de continuidade e agravamento desse padrão caso medidas não sejam tomadas. O estudo rápido de atribuição revelou a escalada das ondas de calor devido à ação humana e à variabilidade climática natural.

‘Se continuarmos queimando, mantendo a utilização de combustíveis fósseis, o que se espera é que essas ondas de calor aqueçam o Brasil com cada vez mais frequência e com maior intensidade’, observa Davide Farana.

Ele chama atenção para a necessidade de se pensarem estratégias de mitigação do calor, como a redução de queimadas e a mudança no uso dos combustíveis. Essas iniciativas são cruciais para a minimização dos impactos das ondas de calor e para a promoção da justiça climática.

Fonte: G1 – Meio Ambiente

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