Meio Ambiente
A Abin e a república da espionagem: O Assunto #1.137
Ex-diretor da Abin, hoje deputado (PL-RJ), foi alvo da operação Vigilância Aproximada, que investiga uso criminoso da ferramenta FirstMile.
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Diretor da Abin Acorda com Agentes da Polícia Federal
O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência acordou com agentes da Polícia Federal na porta de casa nesta quinta-feira (25). Alexandre Ramagem, hoje deputado federal (PL-RJ), foi um dos alvos da operação Vigilância Aproximada, que investiga o suposto uso criminoso da ferramenta FirstMile. A extensa lista de ilegalidades apontadas na decisão judicial assinada pelo ministro Alexandre de Moraes destaca o possível monitoramento de autoridades públicas (caso de ministros do Supremo, parlamentares e governadores) e cidadãos comuns (como advogados, jornalistas e até a promotora do caso Marielle Franco), e também a obtenção de informações sigilosas que ajudassem a proteger os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em diferentes imbróglios judiciais. Para explicar o que diz a investigação da PF sobre o uso político da Abin e os alvos ilegalmente monitorados, Natuza Nery conversa com Daniela Lima, apresentadora da GloboNews e colunista do g1. Neste episódio:
Daniela Lima Fala Sobre as Descobertas da Operação Última Milha
- Daniela recorda como as descobertas da operação Última Milha, de outubro do ano passado, avançaram para a atual ação da PF: ‘São indícios claríssimos de que a agência de inteligência, ligada à Presidência da República, foi utilizada para espionar ilegalmente ministros do STF, governadores, deputados e senadores’;
- Ela apresenta aquilo que a investigação da PF aponta como ‘motivações’ para as ordens de Ramagem aos agentes da Abin: blindagem e abastecimento de informações para Flavio Bolsonaro e Jair Renan; monitoramento de adversários políticos; e fabricação de fake news. ‘Bolsonaro não mentia quando disse que tinha dados de inteligência’, afirma;
- Daniela e Natuza informam que a decisão judicial fala em mais de 60 mil registros coletados pela ferramenta FirstMile, relativos a aproximadamente 1.500 números de telefone que teriam sido ilegalmente observados pela Abin – cujos agentes impuseram dificuldades para a investigação em curso;
- A jornalista relaciona o atual escândalo da Abin aos inquéritos das milícias digitais e do 8 de janeiro: ‘O uso de equipamento público para arapongagem se insere no contexto de ataque à democracia e às instituições’.
Escândalo da Abin e os Relacionamentos Ilegais com o Governo
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O que você precisa saber:
- PF: atual cúpula da Abin trabalhou para dificultar investigação
- Abin: espionou Alexandre, Gilmar, Rodrigo Maia e governadores
- Espionagem: 1,5 mil números de telefone foram alvo da Abin
- Bolsonaro: usava Abin para monitorar entorno de seus filhos
- Flávio: Abin teria produzido provas para o caso das rachadinhas
- Ramagem: tinha acesso a dados da investigação sobre ele
- Marielle: Abin foi usada para monitorar promotora do caso
- Ações ilegais: casos em que Abin é suspeita de espionagem
Contribuidores do Podcast O Assunto
O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Carol Lorencetti, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva e Thiago Kaczuroski. Neste episódio colaborou: Sarah Resende.
VEJA CORTES DO PODCAST O ASSUNTO EM VÍDEO
Fonte: G1 – Meio Ambiente